Esta iniciativa, que começou ontem e termina no sábado, é muito mais do que um encontro científico, já que nele há espaço para a partilha de saberes através de muitas formas, nomeadamente palestras e conferências, concertos, conversas, residências artísticas e visita a exposições.
Segundo contou Jorge Lourenço, presidente da Frauga, uma das associações organizadoras, este ano o tema dos encontros é o mundo subterrâneo. “Os Encontros da Primavera são um evento que se realiza há 18 anos, ainda quando o polo da UTAD aqui estava. É um encontro ligado com a antropologia, cinema e sentidos, em que vamos tendo várias temáticas todos os anos e que desde há quatro anos incluímos as residências artísticas. Este ano o tema são as paisagens subterrâneas, já que estamos de uma terra com barragens, com tudo aquilo que está associado ao mundo subterrâneo”.
E ao longo destes dias não falta o que fazer em Picote. Os encontros são abertos a toda a gente e contam com a participação dos habitantes da aldeia, pois sem este contributo nada fazia sentido, admite Jorge Lourenço. “Vamos ter palestras, caminhadas nocturnas. concertos, cinema e o envolvimento da comunidade local, pois de outra forma não fazia sentido. Às vezes, estas acções parecem elitistas mas não são. São abertas a toda a população. Obviamente que, muitas vezes, em função das actividades que temos, as pessoas acabam por aderir menos, nomeadamente a palestras, mas a actividades culturais, como concertos e cinema, acabam por aderir. O resultado é positivo”.
Os encontros dão uma nova visão sobre o mundo rural. “Para a região isto é importante porque aqui trazemos um evento ligado à investigação e damos também uma visão diferente do mundo rural”.
Hoje, por exemplo, há uma visita aos painéis de Pedro Calapez, no interior da barragem de Picote. A visita é guiada pelo próprio artista plástico. À noite há cinema documentário. Amanhã há um jantar comum e há um concerto de jazz.
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