No Castelo, as atenções centravam-se naquele que era um ringue real de lutas, onde os praticantes da modalidade se vestem com os seus fatos de metal, a pesarem à volta de 40 quilos, para entrarem nos combates que, no final, lhes traz sobretudo prestígio.
Carlos Ferreira, da equipa “Portvcale, Combate Medieval”, veio de Vila Nova de Gaia, explicando que se trata de um desporto em evolução e que, ao contrário do que as pessoas pensam, são lutas reais com golpes a sério.
“Isto surge pelo gosto a história e juntámos a isso o facto de gostarmos de competir numas coisas mais sérias. Também é para nos divertimos e é sempre uma forma de testarmos a nossa bravura, não é qualquer um que veste estas coisas e vai ali para dentro”, referiu.
Foram muitos os lutadores espanhóis que rumaram a Carrazeda de Ansiães pelo segundo ano consecutivo para terem a oportunidade de competir. Ruben Cabello é um dos guerreiros mais prestigiados, já que compete em todas as modalidades dentro dos torneiros e tem vindo a arrecadar prémios por toda a parte.
No coração da vila de Ansiães, o Mercado Medieval também atraiu curiosos, apesar da chuva não ter dado tréguas aos expositores que vieram de vários pontos da região.
“Não se resume só a vendas, também tem a ver com amizades, conhecimentos, dar a conhecer os nossos produtos e nesse aspecto está a correr muito bem”, disse uma expositora.
O município de Carrazeda de Ansiães organizou o evento pelo segundo ano consecutivo, este ano incluído da Cidade Europeia do Vinho. Adalgisa Barata, vice-presidente da autarquia fala de uma aposta ganha com a organização dos Torneiros e do Mercado Medieval.
“O nosso interesse é chamar turismo para o concelho e pessoas que venham ver este tipo de luta, que não é muito usual no nosso país”, destacou.
Carrazeda de Ansiães viajou no fim-de-semana até à Época Medieval, onde foi possível assistir a lutas apeadas e a cavalo, workshops de esgrima e tiro ao alvo, mercado medieval e muita música e animação.
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