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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Casa de Trás-os-Montes quer processar Presidente, Governo e Assembleia da República

 A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro (CTMAD), com sede em Lisboa, vai entregar no Tribunal Constitucional, na Procuradoria-Geral da República e Provedora de Justiça uma queixa contra a Presidência da República, Assembleia da República e Governo, por “não cumprirem nem fazerem cumprir um dos capítulos da constituição portuguesa, que é a criação das regiões administrativas”.


O presidente desta associação regionalista, com 118 anos de vida, não entende “como é que o poder político jura respeitar a Constituição da República e depois há um capítulo inteiro que não está a ser cumprido”, afirma Hirondino Isaías.

“Sabemos que o PS e o PSD não têm interesse em mexer neste assunto porque querem continuar a nomear os ex-presidentes de Câmara e aqueles políticos em fim de carreira para as CIM’s e para as CCDR’s e não querem que essa escolha seja por um processo eleitoral, porque uma região administrativa, além de ter entidade própria, não precisa do poder central para tomar decisões em relação a cada região”, acrescenta.

Hirondino Isaías entende que se trata de um verdadeiro “escândalo constitucional” que se acentuou a partir de 2013. “ Com a reforma Relvas extinguiram os governos civis e desde então não se está a cumprir a Constituição porque diz o artigo 291, o número 1, que, enquanto não forem criadas as regiões administrativas, previstas no artigo 256, deve subsistir o conceito de divisão distrital em que é o governador civil que representa o poder central em cada distrito”, refere.

Além de não criarem as regiões administrativas, o presidente da CTMAD acusa os políticos de esvaziaram cada distrito de funções administrativas do Estado. “Isto está contra o que está consagrado na Constituição da República. Mas se eles não gostam daquilo que está escrito, então que o assumam e que proponham uma alteração à Constituição. Enquanto ela não for alterada, então que a cumpram”, diz.

Hirondino Isaías lembra que o atual Governo tinha no seu programa eleitoral avançar para um novo referendo sobre a regionalização, em 2024 mas teme que tudo fique na mesma. “Quando houve o debate sobre o programa, tanto Rui Rio como todos os outros partidos disseram que sim, mas Rui Rio perdeu as eleições e aparece o Luís Montenegro, um detrator da regionalização, e os autarcas do PSD estão a apoiar este presidente que é contra a regionalização”. Perante isto, o presidente da CTMAD acredita que António Costa “não quer correr o risco que se correu em 1998, em que andava o António Guterres a fazer campanha a favor da regionalização e andava na altura o então presidente do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa e o Paulo Portas, a fazer campanha a favor do não”, afirma.

Já em fevereiro deste ano, a CTMAD fez chegar vários requerimentos às mais altas entidades institucionais do país sobre o assunto, mas não obteve resposta, pelo que decidiu avançar com as queixas esta quarta-feira, 8 de novembro, precisamente no dia em que passam 25 anos da realização do primeiro e único referendo sobre a Regionalização. “Como é que Portugal pode exigir tanto aos seus cidadãos, temos de cumprir vários códigos, é o civil, é o penal, é o código de estrada, é o IRS, é o IRC, uma quantidade de leis da República que todos temos de cumprir e depois os altos representantes do nosso país não cumprem a lei suprema, que é a Constituição da República”, lamenta Hirondino Isaías.

“Acho que isto é uma irresponsabilidade total, e os senhores políticos, aqueles que têm as maiores responsabilidades do nosso país, têm que ser chamados à justiça, têm que responder por esta omissão, por este adiar de respeitar a Constituição da República, aprovada em 1976. Falta cumprir abril”, conclui.

Se a CTMAD não obtiver qualquer resposta por parte dos mais altos representantes do Estado, irá avançar com uma queixa junto dos tribunais europeus.

Fernando Pires

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