Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Furtos de castanhas obriga GNR a fiscalizar soutos

 Numa região onde a castanha é o sustento de muitas famílias, a GNR está a fiscalizar os soutos, impedindo que o fruto seja furtado


Na semana passada já foram detidas cinco pessoas em Mogadouro por roubarem castanhas.

“Bom dia. Somos da GNR de Bragança, andamos pelos soutos a dar conselhos às pessoas, que andam apanhar castanha”. É assim que a GNR chega junto dos produtores de castanha para os alertar para os cuidados a terem. E os conselhos são vários. “Não o deixar o equipamento e os sacos pelos soutos, porque podem ser furtados. Tirar fotografias ao equipamento para possivelmente poder referenciar em caso de furto. Também fazer um inventário de todo o material que possa utilizar. Fazer uma marca na costura dos sacos, para os poder identificar”, alertaram os guardas.

Luís Carlos Teixeira andava com o soprador na mão quando os militares da GNR de Bragança se aproximaram. Ouviu o guarda explicar-lhe os cuidados a ter, mas alguns já os conhece bem, até porque já lhe roubaram castanhas. “Eu nunca deixo assim os casos, levo-os sempre. Já sabemos que é perigoso. Se os deixamos, já sabemos que quando vimos já não estão lá. Há muitos anos deixamos um saco no outro lado da aldeia, quando voltamos já não o encontrámos”, contou.

O produtor admite que tem medo que lhe levem as castanhas, até porque é o seu sustento. Por isso acha importante que a GNR ande por perto. “É bom. Eu apanho muito castanha e não sei se acabo no mês de Novembro. Mas vêm os búlgaros e não respeitam nada, mesmo que não estejam apanhadas, chegam aqui e apanham por aí, onde as encontram”, disse.

Carlos Vale foi outro produtor do concelho de Bragança abordado pela GNR. Tinha andado apanhar castanha e estava no seu armazém a fazer a limpeza do fruto, quando os militares chegaram. Admite que faz parte do grupo de agricultores que já foi roubado.

“Houve um ano que fomos a um souto e até encontrámos lá os fios de ligarem umas luzes para as apanharem. Chegámos lá e não havia lá nenhumas. Aquele souto devia ter para aí 15 sacas, fomos lá e não tinha nenhumas”, lembrou. Por isso considera que a patrulha da GNR é importante, porque “só que vejam passar o carro, já não roubam durante o dia, pelo menos”.  

De acordo com o comandante do Posto Territorial de Bragança, António Patrício, esta acção de fiscalização decorre até 7 de Dezembro e está a surtir o efeito desejado.

“Vamos aos locais, falamos junto dos proprietários de terrenos, de quem anda a recolher castanha e sensibilizá-los para terem alguns cuidados ao nível da prevenção de furtos. Comparativamente ao ano passado e até ao momento, registam-se muito menos furtos”, avançou.

A GNR aconselha a evitar armazenar castanhas em sítios isolados, a acumular grandes quantidades de castanha, negociar de preferência com pessoas da sua confiança e desconfiar de preços elevados atractivos. Pede ainda que os produtores tirem fotografias ao equipamento para referenciar em caso de furto e para fazerem marcas nos sacos para poderem ser identificados.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Sem comentários:

Enviar um comentário