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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Portugal e Espanha com programa para reintroduzir quebra-ossos no Douro Internacional

 Portugal e Espanha apresentaram e debateram hoje em Miranda do Douro estratégias comuns para recuperar o quebra-ossos ('Gypaetus barbatus'), uma ave de rapina ameaçada de extinção, e trazê-la de volta ao Douro Internacional e Norte de Portugal.

Quebra-ossos. Foto: Francesco Veronesi/Wiki Commons

Este trabalho acontece no âmbito do projeto “LIFE Corredores Ibéricos para o Quebra-ossos”, para recuperar a antiga área de distribuição desta ave de rapina na Península Ibérica.

“Trata-se de um projeto muito ambicioso e nós estamos muito comprometidos e pretendemos criar as condições necessárias para possamos receber novamente esta espécie. Uma das ações da iniciativa passa pela construção de uma estratégia ibérica para a conservação do quebra-osso”, disse à Lusa a diretora regional do Norte do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Sandra Sarmento.

O ICNF é um dos parceiros deste projeto, conjuntamente com o Ministério espanhol para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico (MITECO) e a Fundación Para la Conservación del Quebrantahuesos.

A responsável explicou ainda que há todo um trabalho de capacitação das equipas que vão para o terreno criar as condições para acolher este espécie de abutre, havendo uma investigação dirigida para depois se pensar na reintrodução desta ave de rapina.

“Se tivermos a sorte de os trabalhos de preparação correrem bem e as condições necessárias para acolher o quebra-ossos, será para nós muito importante”, vincou a responsável.

Sandra Sarmento acrescentou que acredita que a reintrodução do quebra-ossos no território do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) poderá ser possível.

“Todo este trabalho tem de ser acompanhado por um programa de comunicação, de divulgação, um conjunto de ações de educação e sensibilização ambiental que são fundamentais”, indicou.

 Este projeto "LIFE" vai durar até 2027, tem um dotação de 2,68 milhões de euros no seu global e os intervenientes esperam que, durante este período haja quebra-ossos a voar pelo Douro Internacional e pelo Norte de Portugal.

Já um representante do MITECO explicou que o desaparecimento desta espécie de ave de rapina se ficou a dever a ação humana e urge introduzi-la nas áreas rochosas peninsulares.

“O quebra-ossos foi exterminado até ao século XX e agora, aos que nos parece, os encaixes rochosos do vale do Douro Internacional poderão ser um lugar muito favorável para a reintrodução desta espécie, mas haverá que fazer todo um trabalho para estar seguro que será possível”, explicou o responsável espanhol.

 Miguel Aymerich acrescentou ainda que há outros locais em Portugal que se podem estudar para a introdução desta espécie de ave, mas terão de ter uma formação geológica muito rochosa.

O quebra-ossos é uma das espécies que faz parte da galeria dos animais que já desapareceram de Portugal. No Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal está “Regionalmente Extinto”.

Desde 2008, e pela primeira vez em 100 anos, aves libertadas no âmbito da reintrodução da espécie na Andaluzia têm sido observadas nos céus portugueses, fazendo curtas incursões no país.

Com este projeto, Portugal e Espanha dão um novo passo para o regresso do quebra-ossos, estando os dois países ibéricos empenhados no proliferação desta espécie com recurso à sua criação em cativeiro, já que se trata de uma ave com uma baixa taxa de nidificação.

Atualmente, apenas restam quebra-ossos em pequenos núcleos na Córsega, Creta e sobretudo em ambas as vertentes dos Pirinéus, garantiram os responsáveis pelo projeto.

FYP//LIL
Lusa/Fim

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