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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 26 de março de 2024

Jovem cria marca de vinho para poder ficar na região

 Afinal, ainda há alguma esperança para a agricultura e para a região, em termos de desertificação. A aposta em vinho evitou que mais um jovem deixasse o distrito


Chama-se “Frederico M J” a marca de vinhos DOC Trás-os-Montes que Frederico Jacinto criou. O jovem brigantino, de 27 anos, esteve vários anos em Espanha, onde estudou Viticultura e Enologia. Regressou a Bragança mas percebeu que teria que sair do distrito para trabalhar na área. Contudo, como não o queria fazer, criou a própria marca.

O primeiro vinho vai ser lançado no começo do próximo mês. “É um vinho cor salmão. Em nariz é um vinho que aporta fruta preta e em boca tem uma refrescante e uma acidez equilibrada, tem um final guloso. É um vinho que acompanha bem com comidas suaves, peixe grelhado”, explicou.

O jovem fez contas à vida e percebeu que para trabalhar no que gosta tinha que sair da região mas não compensava, olhando para o que ia ganhar e gastar. Ficou por cá e decidiu arrendar vinhas já que não tinha terrenos. “Aluguei dois hectares de vinha em São Pedro Velho e foi aí que tudo começou. O que custou mais é que para produzir um vinho certificado na região tive que o registar na CVR em Valpaços, também tive que ter um local certificado, como não tinha, conheci o senhor Manuel Acácio, que também já fez grandes vinhos no passado, emprestou-me a sua adega”, contou.

Para já, o jovem produtor vai lançar o resultado da sua primeira produção em Abril, em Bragança, onde ficará à venda, na Marron – Oficina da Castanha e em alguns restaurantes. Quando vir este passo dado, o sonho não termina aqui… mas tem os pés bem assentes na terra. “A perspectiva de futuro é dar a conhecer a marca, dar a conhecer o meu produto e no futuro ter a minha própria adega e próprias vinhas”, disse.

As vinhas que tem são compostas por castas de tinta amarela e tinta barroca. Significa isto que, na próxima produção, pode e vai produzir vinho tinto. Para já vai perceber como funciona o rosé no mercado. Um vinho que vai a concurso já no mês de Junho. “Seria muito importante receber uma medalha logo agora na primeira produção”, sublinhou.

Além da própria adega e mais terreno, Frederico Jacinto também ambiciosa ir além-fronteiras. Para já, mais uma vez com a noção da realidade e das dificuldades, não pensa que o vinho “chegue a muitos mais locais de comercialização”, até porque “o produto ainda não é muito”, são cerca de 3300 garrafas, mas, claro que, no futuro, admite que gostava de o ter à venda em muitos mais lugares e até exportar.

O jovem sempre sonhou produzir vinho e ter a própria marca. Quando percebeu que não compensava sair da região, nem queria fazê-lo, teve o incentivo dos amigos e da família para criar o próprio negócio. Foi assim que nasceu a “Frederico M J”.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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