Chama-se “Frederico M J” a marca de vinhos DOC Trás-os-Montes que Frederico Jacinto criou. O jovem brigantino, de 27 anos, esteve vários anos em Espanha, onde estudou Viticultura e Enologia. Regressou a Bragança mas percebeu que teria que sair do distrito para trabalhar na área. Contudo, como não o queria fazer, criou a própria marca.
O primeiro vinho vai ser lançado no começo do próximo mês. “É um vinho cor salmão. Em nariz é um vinho que aporta fruta preta e em boca tem uma refrescante e uma acidez equilibrada, tem um final guloso. É um vinho que acompanha bem com comidas suaves, peixe grelhado”, explicou.
O jovem fez contas à vida e percebeu que para trabalhar no que gosta tinha que sair da região mas não compensava, olhando para o que ia ganhar e gastar. Ficou por cá e decidiu arrendar vinhas já que não tinha terrenos. “Aluguei dois hectares de vinha em São Pedro Velho e foi aí que tudo começou. O que custou mais é que para produzir um vinho certificado na região tive que o registar na CVR em Valpaços, também tive que ter um local certificado, como não tinha, conheci o senhor Manuel Acácio, que também já fez grandes vinhos no passado, emprestou-me a sua adega”, contou.
Para já, o jovem produtor vai lançar o resultado da sua primeira produção em Abril, em Bragança, onde ficará à venda, na Marron – Oficina da Castanha e em alguns restaurantes. Quando vir este passo dado, o sonho não termina aqui… mas tem os pés bem assentes na terra. “A perspectiva de futuro é dar a conhecer a marca, dar a conhecer o meu produto e no futuro ter a minha própria adega e próprias vinhas”, disse.
As vinhas que tem são compostas por castas de tinta amarela e tinta barroca. Significa isto que, na próxima produção, pode e vai produzir vinho tinto. Para já vai perceber como funciona o rosé no mercado. Um vinho que vai a concurso já no mês de Junho. “Seria muito importante receber uma medalha logo agora na primeira produção”, sublinhou.
Além da própria adega e mais terreno, Frederico Jacinto também ambiciosa ir além-fronteiras. Para já, mais uma vez com a noção da realidade e das dificuldades, não pensa que o vinho “chegue a muitos mais locais de comercialização”, até porque “o produto ainda não é muito”, são cerca de 3300 garrafas, mas, claro que, no futuro, admite que gostava de o ter à venda em muitos mais lugares e até exportar.
O jovem sempre sonhou produzir vinho e ter a própria marca. Quando percebeu que não compensava sair da região, nem queria fazê-lo, teve o incentivo dos amigos e da família para criar o próprio negócio. Foi assim que nasceu a “Frederico M J”.
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