Criado há um ano, os resultados foram apresentados na sexta-feira, no Brigantia EcoPark, em Bragança. Armando Pacheco, presidente da APATA, expressou entusiasmo em relação ao trabalho desenvolvido, apontando-o como o melhor projecto que apareceu até agora na floresta, visto que consegue fazer uma transformação da paisagem, sempre no sentido de a proteger dos incêndios. “Além de se conseguir fazer uma transformação da paisagem, sempre no sentido da protecção o fogo, temos a manutenção durante 20 anos destas áreas e desta forma, com este projecto das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, se poderá ter a nossa paisagem com alguma transformação, mas segura”, referiu.
Ao longo do último ano de pesquisas, David Carvalho, da Universidade de Aveiro, referiu que obtiverem um bom conhecimento sobre aquilo que existe e que pode ser implementado na Baixa Lombada para ajudar a tornar as paisagens mais resilientes.
Depois de estudados os vários cenários na região, garantiu que, aquele que funciona melhor para a Baixa Lombada é a boa gestão do pinhal. “Aquilo que a nossa investigação revelou é que o pinhal não gerido é o maior responsável pelo perigo de incêndio e pelo perigo de um incêndio se propagar muito rapidamente e consumir uma grande área de floresta”, explicou.
Já Rogério Rodrigues, do CoLAB ForestWISE, destacou a necessidade de existirem soluções sustentáveis e participativas entre a comunidade local, a academia e as associações da região. “Olhar para um território e perceber que ele deve ser alterado para que seja mais resiliente aos incêndios florestais, obriga a várias coisas. Temos de encontrar quais são as fórmulas que respondam aos interesses económicos, sociais e ambientais das pessoas. É e aí reside uma parte deste projecto. Essas respostas só são possíveis se houver participação activa da comunidade local, das entidades relevantes no território, das associações florestais”, frisou.
Um ano depois do projecto ter iniciado, o Workshop sobre a Resiliência da Paisagem em Cenários de Alterações Globais foi um marco importante no progresso das estratégias de gestão florestal no distrito de Bragança, num contexto de desafios cada vez mais prementes relacionados com as alterações climáticas e os incêndios florestais.
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