Feita de burel, a peça de vestuário tem raízes que se estendem até ao século IX, testemunhando a história e a identidade do concelho.
Com a recente inscrição da Capa de Honras no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, reconhece-se o valor histórico e cultural deste tesouro. “A Capa de Honra é um dos elementos da identidade do povo mirandês”, realçou Helena Barril, presidente da câmara municipal.
A preservação da Capa de Honras não se limita apenas à sua confecção tradicional. A artista Manuela Ferraz apresentou durante a cerimónia uma colecção de jóias inspiradas nas capas mirandesas. “São quatro colecções, duas delas mais tradicionais e outras duas mais contemporâneas. Uma é trabalhada mesmo sobre a parte da capa que respeita a honra, que se situa atrás no capuz, essa foi a mais tradicional. Depois outras que são mais contemporâneas que são retiradas da iconografia das capas”, explicou.
Numa cerimónia que não é apenas uma celebração, mas também uma homenagem. A comunidade mirandesa prestou tributo ao escultor Ricardo Fletcher, cujo último desejo foi doar uma capa mirandesa ao município.
A cerimónia de Exaltação da Capa de Honras que decorreu ontem em Miranda do Douro. Contou este ano com mais de 200 participantes que ergueram aos ombros um dos principais símbolos da cultura mirandesa.
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