Esta síndrome consiste na identificação de idosos com elevado risco de quedas, hospitalização, incapacidade, institucionalização e morte. Com o evento da Farmácia Nova Central procurou consciencializar as instituições e formar trabalhadores, adianta a directora, Micaela Pires. “É muito fácil identificar este síndrome se estivermos alerta para isso e ele está mais presente na nossa vida do que aquilo que pensamos, falo de instituições e entidades. O nosso objectivo é passar este conhecimento para quem diariamente lida com estas pessoas e todos juntos melhorar a qualidade de vida destas pessoas que fazem parte da nossa comunidade”.
O médico Mário Pinto criou uma escala que permite quantificar o grau da síndrome. O especialista explica que a síndrome pode ser reversível e identificada se estivermos atentos aos sintomas. “Não é mais do que um conjunto de sintomas que podem pôr em risco a saúde de cada um dos idosos e que depois, por exemplo, de uma infecção urinária, pode criar condições para que o nosso idoso possa descompensar, tenha que ser internando e, a partir daí, começar a descida do seu estado de saúde até à morte”.
Já Pedro Abizanda Soler, chefe de Geriatria do Hospital Universitário de Albacete, em Espanha, criou um aparelho que permite identificar a Síndrome da Fragilidade do Idoso, que está já no mercado. O também docente defende que é preciso tomar medidas preventivas para que não se chegue a este ponto, como o desporto e a nutrição. “Exercícios que têm que ter uma componente de força muscular. Quanto mais frágeis as pessoas mais benefícios têm. As pessoas de 90 anos podem fazer exercício físico e programas nutricionais adaptados às suas necessidades especiais, com maior número de proteínas, ómega 3”.
Na palestra estiveram presentes várias instituições para idosos privadas e públicas. Segundo Paula Pimentel, presidente da União das IPSS do distrito, os profissionais estão sempre em constante formação. No entanto, reclama mais financiamento para a compra de mecanismos que ajudem na recuperação do idoso. “As instituições procuram equipar-se mas os recursos são sempre limitados. Tentamos fazer o melhor possível. Devíamos ter mais fontes de financiamento para as instituições se poderem apetrechar com recursos adequados à situação de cada pessoa e necessidade”.
A palestra “Fragilidade: Um Novo Paradigma nos Cuidados para a Saúde dos Idosos” decorreu ontem em Bragança.
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