Por: Maria dos Reis Gomes
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)
Depois de um ano de silêncio na minha escrita e das saudáveis provocações que o amigo Henrique tem feito ao “republicar “ o que fui escrevendo, hoje voltei ao último texto que publiquei com o título que retomo. Relembro o que disse, então, no justificativo do título:
Numa recente arrumação de estantes encontrei o livro - “Dicionário de Paixões” - de João de Melo. O livro organiza-se como um dicionário com pequenos textos de A a Z que revelam interesses do autor. Inspirou-me de diferentes modos. Poderia colocar o mesmo título nos textos que a partir de agora me proponho escrever pois, ao “pegar” na ideia que não é original, acabo por reflectir sobre sentimentos, vivências, preocupações e talvez paixões.
Procurei para cada letra seleccionar palavras que, no momento da escolha, ocupavam a minha mente por uma ou outra razão. Todas bastantes espontâneas. Não há por isso uma sequência de assuntos.
Os textos agora apresentados integram os primeiros ensaios da continuidade que pretendo estabelecer.
E comecei com: ARGUMENTAR – BRAGANÇA – CASTELO
Numa recente arrumação de estantes encontrei o livro - “Dicionário de Paixões” - de João de Melo. O livro organiza-se como um dicionário com pequenos textos de A a Z que revelam interesses do autor. Inspirou-me de diferentes modos. Poderia colocar o mesmo título nos textos que a partir de agora me proponho escrever pois, ao “pegar” na ideia que não é original, acabo por reflectir sobre sentimentos, vivências, preocupações e talvez paixões.
Procurei para cada letra seleccionar palavras que, no momento da escolha, ocupavam a minha mente por uma ou outra razão. Todas bastantes espontâneas. Não há por isso uma sequência de assuntos.
Os textos agora apresentados integram os primeiros ensaios da continuidade que pretendo estabelecer.
E comecei com: ARGUMENTAR – BRAGANÇA – CASTELO
Não havendo, tal como disse, uma sequência de assuntos, hoje apeteceu-me “pegar” na “letra” de um fado cantado pela Ana Moura de que gosto:
D – “DESFADO”
Quase sem querer e sem saber a letra, deixei-me envolver pelo ritmo e o despojamento com que a Ana Moura o canta. Atenta ao título, iniciado com um prefixo “des”, percepcionei o contraponto do fado tradicional em que o destino, a sina ou sorte, casam lindamente com a história de amores e desamores, tristezas, saudades, partidas e chegadas que, desde sempre, o fado tradicional contou e cantou. A letra do “Desfado” convida-nos a reflectir sobre a complexidade da experiência humana onde as certezas e incertezas se cruzam ….
E o “Desfado” começa assim:
Quer o destino que eu não creia no destino…
E o meu fado é não ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem se quer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum
Ler este verso e pensar na dúvida metódica de Descartes quando nos diz que” toda a realidade pode ser uma grande dúvida “, não é um sacrilégio é uma associação de ideias…e assim encontrei caminho para poder divagar sobre esta coisa do destino.
O que é isto do destino? Somos nós que o procuramos? A família e o lugar onde nascemos influencia o nosso destino? Qual o peso dos genes que herdamos?
Está lançada a questão.
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Maria dos Reis Gomes – 09 – 08 - 2024
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