As colocações foram divulgadas este sábado. O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, justifica o resultado com a diminuição de candidatos e aumento de vagas no litoral. “As instituições do Interior colocaram menos alunos, nesta fase, devido à conjugação destes dois factores. De qualquer forma, o Instituto Politécnico de Bragança continua a ser uma das instituições do sistema politécnico que mais alunos coloca no concurso nacional de acesso”, apontou.
O presidente do politécnico lamenta que as instituições do ensino superior do litoral continuem a ser as mais procuradas, salientando que é um “problema de percepções” e nada tem a ver com a qualidade do ensino. “O último Governo criou uma política de flexibilização do regime dos Clausus e portanto nós estando num dos clausus naturalmente que os estudantes tendem a concentrar-se nas instituições do Litoral. O prejuízo que isso acarreta em termos de custo para o país e, como sabemos, não é questão de qualidade de ensino. O IPB em todos os indicadores de qualidade parece sempre em posições destacadas, mesmo a nível internacional”, frisou.
Orlando Rodrigues criticou ainda a falta de investimento em instituições do interior e a política restritiva no acesso ao ensino superior. “Nós colocámos agora cerca de 50 mil alunos, mas o problema é que ficaram muitos mais de fora, porque não tiveram sucesso nos exames. No resto dos países europeus não é assim, não temos estas políticas tão restritivas e baseadas nos exames. É uma questão para a qual temos de olhar”, defendeu.
Marketing, Solicitadoria, Línguas Estrangeiras: Inglês e Espanhol, Línguas para Relações Internacionais, Educação Básica, Arte e Design, Animação e Produção Artística, Enfermagem, Fisioterapia e Gestão foram os cursos que ficaram com todas as vagas preenchidas.
Por outro lado, Engenharia Agronómica, Engenharia Alimentar, Engenharia do Ambiente, Engenharia Zootécnica, Enologia, Informática e Comunicações, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Química e Engenharia de Energias Renováveis ficaram sem qualquer colocado.
Este ano, 58 mil estudantes candidataram-se à primeira fase de acesso ao ensino superior, mas ficaram colocados 49 963.
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