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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Bragança espera visita do Governo ao PNM enquanto avalia prejuízos do fogo

 O município de Bragança espera esta semana a visita do Governo à região quando ainda avalia os prejuízos agrícolas causados pelo incêndio que deflagrou no dia 10 no Parque Natural de Montesinho (PNM), informou hoje o presidente da câmara.


“Em princípio teremos cá o senhor secretário de Estado das Florestas [Rui Ladeira] para se inteirar exatamente dos prejuízos e daquilo que foi desbastado no PNM, e aí podemos conversar de outra maneira e ver o que se pode fazer tendo em conta uma putativa ajuda aos nossos agricultores”, explicou Paulo Xavier, ressalvando que tudo irá depender das áreas e montantes das perdas relatadas.

“Foi um incêndio de grande densidade. Estamos a falar de uma área ardida na ordem dos 500 hectares. Em termos de prejuízo, ainda está a ser feito o levantamento. Pedi logo a colaboração dos presidentes de junta. Aliás, estive com eles nestes dois dias de incêndio intenso”, disse Paulo Xavier.

O autarca acrescentou que depois de terminado o levantamento em cada uma das três freguesias afetadas - Carragosa, Rabal e França - o mesmo será enviado para as entidades competentes. 

Em Rabal, Carlos Gonçalves perdeu um dos 17 apiários, a mais de 1000 metros de altitude, outros ficaram parcialmente queimados.

“Perdi 48 colmeias. Aproximadamente de prejuízo, entre produção, colmeias, enxames e material apícola, são cerca de 17.600 euros”, lançou contas o apicultor.

Para Carlos Gonçalves, os prejuízos poderiam ter sido evitados se houvesse “um bocadinho de prevenção” por parte das entidades competentes na gestão da área protegida.

“Uma pessoa tem de andar a ziguezaguear giestas e estevas porque o Estado limita-se a observar, tem uma atitude passiva. Multam pequenos agricultores e pessoas com reformas muito pequenas, que não lhes chega para pagar a limpeza dos terrenos, mas o Estado não cumpre. Tem tudo ao abandono. No PNM está tudo abandonado - casas [da floresta], caminhos, sinalética e o parque de campismo”, criticou o apicultor, que garantiu que mantinha todos os seus apiários limpos.

Na sexta-feira assinala-se o Dia do Parque Natural de Montesinho e está convidada para as ações calendarizadas, além do secretário de Estado das Florestas, a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho.

O programa das comemorações dos 45 anos foi divulgado esta manhã pela autarquia, com início ao princípio da tarde em Vilarinho de Cova de Lua e término com a inauguração do Centro Interpretativo do PNM, na aldeia de Montesinho.

Paulo Xavier, que acumula o cargo da presidência da cogestão do PNM, reforçou que considera necessária a revisão do plano contra incêndios na zona. 

“Acho que é importante preservar o parque mas fazer uma área de contenção à volta da população para que nada possa acontecer. E depois, dentro do que é possível e do que os técnicos dirão, tornar os caminhos com acesso mais fáceis (…)”, reiterou o autarca brigantino, que logo após o fogo tinha defendido ser preciso discutir no âmbito da cogestão do PNM temas como a vigilância, prevenção e ordenamento deste território para evitar incêndios florestais e rurais.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tinha referido à Lusa que os procedimentos após um incêndio ser dado como extinto são “os trabalhos de recuperação da área ardida, incluindo a elaboração do relatório de estabilização de emergência, com a identificação das medidas urgentes a tomar e de um programa para a sua implementação”.

A Lusa solicitou à Guarda Nacional Republicana (GNR), a entidade responsável por esse departamento, o total da área ardida neste incêndio, mas até ao momento ainda não obteve resposta. 

O PNM foi reconhecido a 30 de agosto de 1979. Tem cerca de 75 mil hectares nos concelhos de Bragança e Vinhais, a Terra Fria Transmontana, e inclui 92 aldeias.

TYR (FYP) // JAP
Lusa/Fim

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