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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Incêndio destrói mais de 280 colmeias e cerca de uma centena de hectares de culturas em Miranda: município reclama apoios para os agricultores

 O incêndio que deflagrou em Vimioso, na semana passada, alastrou-se ao concelho de Miranda do Douro e destruiu cerca de 280 colmeias, mais de 80 hectares de castanheiro, alguns hectares de olival e vinha


O município de Miranda fez o levantamento dos prejuízos e reclama agora apoio para os agricultores afectados pelo fogo. O vice-presidente, Nuno Rodrigues, salienta que sem a ajuda do Governo, os empresários não se conseguem reerguer. “É impossível estes agricultores reerguerem-se se não tiverem apoios. Apicultores que tinham muitas colmeias destruíram-se mais de metade. A maior fonte de rendimento em São Martinho é castanha e  hectares ficaram destruídos”, disse.

O município disse já ter falado com o Governo sobre os prejuízos, que se comprometeu a visitar a área ardida.

Norberto Ferreira foi um dos agricultores afectados em São Martinho de Angueira. Embora reformado, tira algum rendimento da agricultura. Mas o fogo conseguiu destruir-lhe metade das colmeias. “Arderam-me 35 colmeias, é bastante, porque a dimensão não era muito. Tinha umas 50 ou 60, fiquei reduzido a cerca de 20. O apoio ajuda a reaver as colmeias. O material apícola é muito caro”, adiantou.

A juntar a isso, o incêndio também queimou as plantações de castanheiro e pinho do agricultor. “O problema dos castanheiros é que precisam de 20 anos para começarem a dar alguma coisa, por isso nem imagino o prejuízo”, frisou.

Outro dos agricultores afectados foi Ilídio Fernandes. Dos 30 hectares de produção de castanha, avelã e noz, que tem em São Martinho de Angueira, arderam mais de oito hectares. “Psicologicamente uma pessoa tem de ser muito resiliente. No castanheiro, com as pragas e doenças a somar a esta questão das áreas ardidas é complicado. Ainda nem contabilizei o prejuízo. Nas culturas anuais é fácil, nas culturas permanentes, esperamos que a produção comece aos seis anos, o pico de produção é atingido aos 15 e 20 anos e o problema é esse”, lamentou.

São Martinho de Angueira e Cicouro foram as duas aldeias mais afectadas pelo incêndio no concelho de Miranda do Douro. No total, arderam 1440 hectares. O município quer que o Governo ajude os agricultores afectados.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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