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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Veado destruiu algumas centenas castanheiros em Cova de Lua e Aveleda: produtores querem que ICNF tome medidas

 Nas últimas noites, o veado trouxe prejuízos aos produtores de castanhas, no concelho de Bragança


Algumas centenas de castanheiros foram destruídos.

Os agricultores todos os anos se queixam do ataque do veado e dos gastos na replantação de castanheiros.

Na Aveleda, Adriano Fernandes ficou com 150 castanheiros destruídos, que vai ter que replantar. Vai dar a conhecer a situação ao ICNF. “Quando cheguei à propriedade, que está vedada, os veados saltaram e arrancaram dois postes e tombaram a rede, entraram para dentro da propriedade e destruíram aproximadamente 150 castanheiros, com idade entre os 7 e os 10 anos. Nós queríamos que o ICNF arranjasse mecanismos, como fazer semeadas para os veados, recuperar os lameiros que estão perdidos na aldeia para os veados, que é para eles não descerem tanto para a aldeia, porque o problema é o veado não ter comida na montanha”, disse.

Em Cova de Lua vários agricultores se queixam do mesmo. Pedro Santos é um dos lesados. “Este ano, destruiu-me 15 castanheiros replantados e agora, segundo informações que me transmitiram, nas últimas três noites destruíram-me cerca de 30 castanheiros. Daqui a nada não ganhamos para repor. Tem de ser o Parque Natural de Montesinho a ver o prejuízo que o veado nos está a causar aos agricultores desta zona, criar batidas a veados e corsos para as conseguir controlar, porque senão vai ser impossível manter o castanheiro. Nem que fosse doar os castanheiros estragos ou pagar na totalidade os prejuízos”, apontou.  

Outro dos agricultores afectados é Marcolino Pires. Numa visita ao terreno percebeu que o veado tinha voltado a fazer estragos. Uma vez que a aldeia está no Parque Natural de Montesinho, o produtor pede que o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, responsável pela co-gestão da área protegida, ajude a minimizar os prejuízos. “Deviam vir ao terreno e ver o que está feito, os prejuízos que temos, para nos compensarem. Só o castanheiro custa 10 euros, fora o transporte e depois pô-lo com a máquina acaba por ficar em 20 euros. O problema é o atraso, porque mesmo que plante outro castanheiro, o atraso que eles têm para dar os quilos de castanha outra vez”, referiu.

Os produtores começam a fazer contas aos prejuízos. David Fernandes, outro dos lesados, prevê que podem ser superiores a dois mil euros.

Devido aos ataques recorrentes do veado, o jovem agricultor quer que o ICNF tome medidas e tenha em consideração a vulnerabilidade daquela zona. “Fomos afectados há dois anos pelo incêndio que houve em Vilarinho, que afastou os veados para a zona de Cova de Lua. Este ano o incêndio que já houve em Rabal voltou a empurrar os veados para ali. Numa estratégia da co-gestão e os municípios vão ter de dedicar tempo a esta questão, vão ter de declarar aquilo como uma zona especial, com vulnerabilidade para estes ataques e vai ter de haver o assumir de custos por ICNF e dos municípios, não sei, mas dos responsáveis pela co-gestão”, defendeu.

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas paga por cada castanheiro destruído, cerca de 3 euros. Os agricultores gastam, apenas pela árvore, cerca de 10 euros.

Contactado o ICNF sobre os ataques e os prejuízos causados, remeteu esclarecimentos para mais tarde.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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