Já chegou a altura da feira das vaidades, aproximam-se as eleições. Até já se começam a inaugurar espaços comunitários “ilegais” já que não possuem alvará para o efeito nem pagam os impostos devidos. Essa situação é recorrente, aceitada por todos e não tem mal nenhum porque somos um país de porreiraços. Precisamos desses espaços nas nossas aldeias. O mal é, sendo ilegais, serem inaugurados com pompa e circunstância por quem tem que cumprir e fazer cumprir a lei. Apoiem, podendo, mas não se mostrem... prevaleça o bom senso. A AT nunca se preocupou com este assunto e bem, caso o fizesse implicaria custos enormes para a nossa área rural... tal como faz a atuação da ASAE. Apoiem para poder legalizar. Não multem... APOIEM.
Já era mais que tempo de deixarmos a parolice da doutorice. E perpetuar em chapeletas essa parolice é a demonstração de uma enorme falta de respeito pela república, pelas instituições e pelos cidadãos.
Não se utiliza o epíteto de doutor só porque sim. Apetece-nos? Portugal continua a ser uma novela Brasileira?
Para se poder utilizar, antes do nome que nos deram, o (dr) é suposto que se tenha tirado um doutoramento o que implica defender uma “tese de doutoramento”. Não há em Bragança muitos que tenham conseguido usar com legitimidade tal título académico. Dá muito trabalho e custa dinheiro.
Quantos milhares de euros se poupariam se acabássemos com a feira de vaidades que constituem, ou configuram, as inaugurações?
Inaugura-se a rua, o paralelo, a exposição, o w.c., a ponte, a estrada. Pasme-se… até o bar da Comissão de Festas como se a Comissão de Festas tivesse algum estatuto. Inaugura-se a inauguração... e se convier, inaugura-se tudo mais duas ou três vezes. Sempre são mais umas "merendas"...
Devia constituir crime colocar nas placas de inauguração o nome de personagens que, por força do voto popular, ou por herança, estiveram ao tempo, à frente das instituições democráticas. Ministros, Secretários de Estado, Autarcas...e por aí fora.
A ter que haver placas diriam apenas:
Ao serviço do Povo desde ../../....(para memória futura) Quem pagou?
Obviamente que no caso de a obra ser feita com dinheiro do próprio bolso dos corta-fitas, seria de todo legítimo colocar uma placa com o nome do benemérito.
Obras públicas são obras feitas com o dinheiro do POVO.
Com que direito consta, para a posteridade, o nome de quem não meteu um cêntimo que fosse a mais do que fez qualquer outro contribuinte?
Façam contas e multipliquem por milhões...
Ele é placas de inauguração, ele é camisolas, bonés, tshirt´s, porta-chaves, esferográficas, relógios e derivados... Fotografias e vídeos... Revistas e jornais.
Façam contas e multipliquem por milhões...
E...também são os contribuintes que pagam as merendas, sempre para os mesmos "encherem a blusa", e que dariam para muitos milhares, que efetivamente precisam, comer todo o ano.
Façam contas...!
Meus senhores. NÃO ME CONVENCEM que não é possível triplicar, no mínimo, o ordenado de quem trabalha, triplicar as pensões e cumprir ABRIL!
Depois de feitas as obras, coloquem-nas ao serviço das pessoas e ponto final!
Paguem os almoços, os jantares e as festinhas do vosso bolso. É como eu faço e sou um teso.
Tenho sempre a esperança que surja alguém que queira fazer tudo de maneira diferente. Mas até agora... chegam ao Olimpo e deslumbram-se... mais do mesmo.
Viva a República!
Obs* Nenhuma inauguração, seja de que autarquia for, será por mim aqui divulgada.
(...) - Já tenho décadas de vida, algumas vividas antes do 25 de Abril, migrei para a selva urbana ao Sul mas, acompanho como posso, a vida social e política do nosso distrito e, sinto que este artigo do caro conterrâneo e, digno Senhor titular deste blog explana questões que sempre tentei combater, embora com as modestas possibilidades de que sou dotado. Um desperdício de dinheiro dos contribuintes, esbanjado em "jogos de roleta eleitoral" sem retorno economico. É um "fartar vilanagem" para auto-satisfação dos políticos. Obrigado pelo seu trabalho, saúde para todos.
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