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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

António Tiza, apresentou um novo livro sobre a revolta de 1904 no seminário de São José

 “A revolução no seminário de Bragança” é um Romance histórico baseado em factos reais que António Tiza, professor e investigador brigantino, já conhecia. Mas, há cerca de 3 anos, decidiu explorar este acontecimento. “Eu tive conhecimento deste assunto já há alguns anos, é verdade, mas não o aprofundei nessa altura. Entretanto, todos os anos nas redes sociais, no dia 12 para 13 de dezembro, que foi essa noite que aconteceu, alguém ia colocando nas redes sociais, lembrando esse facto. como um facto notável, elogiando os seminaristas, com uma atitude de revolta, de indignação perante a indisciplina de que estavam a ser vítimas. Então, comecei a interessar-me mais por isso. E depois, claro, quando decidi escrever, tive que investigar muita coisa, muito mesmo”, contou.


O autor recorda ter recorrido a muito material, como jornais da época e cartas do Bispo, D.José Alves de Mariz. António Tiza afirma que foi o mergulho na complexidade do conflicto religioso e a quantidade de descobertas, que tornaram o trabalho mais longo e desafiante: 

“O desafio maior foi, de facto, embranhar-me nestes factos históricos. E à medida que eu ia descobrindo coisas, outras surgiam. De tal forma que, quando pensei em escrever, tinha como meta um ano lectivo. No fim do ano lectivo o assunto está resolvido, mas não, o assunto continuou por mais três anos. Portanto, isto é, como uma bola de neve, por isso é que resultou assim um trabalho um pouco maior”, disse.

Ainda que esta seja uma história baseada em factos históricos, António Tiza admite ter dado asas à imaginação.  Por todos os motivos que compõem este livro, espera que os leitores percebam que certas questões sociais, religiosas e até políticas ficaram por resolver. “Gostaria que os leitores tomassem consciência do problema que realmente aconteceu no princípio do século XX. Que tivessem consciência também de que houve muita coisa que a monarquia deixou arrastar por problemas de caráter social que não conseguiam resolver. e que provavelmente também a primeira república não conseguiu, e que estão reflectidos directa ou indirectamente neste livro. Portanto, é importante que as pessoas tomem consciência disso e que, de alguma maneira, esta obra contribua para a sua formação de caráter social e também religiosa, e já agora também da política”, rematou.

120 anos depois, o livro “A Revolta no Seminário de Bragança”, mergulha nos protestos dos seminaristas no início do século 20, contra a rigidez e excesso de disciplina dos prefeitos e da reitoria. A apresentação decorreu na passada sexta-feira, na biblioteca Municipal de Bragança.

Jornalista: Cindy Tomé

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