Foi assinado um novo protocolo, e o INEM paga agora mais 20% às associações humanitárias que são Postos de Emergência Médica.
Embora reconheça que este aumento faz a diferença, o presidente da Federação Distrital dos Bombeiros, Diamantino Lopes, admite que não chega para cobrir os gastos. “Recebe um prémio fixo mensal que era até agora, fruto das últimas negociações, de aproximadamente seis mil euros e vai passar a ser 8 760. Também recebem 21 euros por taxa de saída, quando as distancias percorridas são inferiores a 20 quilómetros e depois recebem 71 cêntimos por quilómetro. É verdade que ainda não é suficiente e que ainda há gente a queixar-se que o serviço que nós prestamos não é devidamente pago, porque quando é o INEM a fazer o mesmo serviço, com os seus próprios, recursos, os custos desse serviço é duas vezes superior ao que nos pagam a nós”, frisou.
A quantidade de serviços de emergência pré-hospitalar prestados na região é menor em relação aos grandes centros urbanos. No entanto, a extensão do território é superior. O que coloca o distrito em desvantagem, em termos de pagamento. “De acordo com os serviços prestados, nós teremos sempre uma posição de desvantagem. Como temos pouca população, os serviços prestados são sempre baixos, mas temos umas longas distâncias a percorrer, portanto, na equação não devia entrar só os serviços prestados, mas sim outras variáveis, como a densidade populacional e os quilómetros percorridos até às unidades de saúde”, explicou o presidente da federação distrital.
Das 15 corporações de bombeiros do distrito, três, Izeda, Sendim e Torre de Dona Chama, não são consideradas Postos de Emergência Médica. Significa que recebem individualmente por cada serviço prestado. Estas associações humanitárias já se queixaram que este sistema é insustentável economicamente. Por isso, Diamantino Lopes também quer que este problema seja resolvido.
O novo protocolo, que está em vigor desde 1 de janeiro, prevê ainda que as corporações fiquem responsáveis pelas ambulâncias do INEM, passando de amarelas a vermelhas, para separar as duas instituições.
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