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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 24 de junho de 2025

“Feira de São Pedro é uma afirmação da identidade local e da capacidade empreendedora do concelho”

 
Qual a importância e o impacto desta feira para os macedenses e para Macedo de Cavaleiros?

Esta era uma festa de segadores. No início do verão tínhamos as cegadas e, como havia muitos campos cultivados no nosso concelho, vinham segadores de todo o país, até do Alentejo. Era habitual reunirem-se no final das cegadas para celebrar e conviver. Mais tarde, essa festa evoluiu para um evento comercial, industrial e empresarial. Passou a chamar-se Feira de São Pedro porque coincide com a festa do nosso padroeiro. Desde então, manteve um carácter empresarial, com destaque para a maquinaria agrícola e novas tecnologias. No ano passado fizemos um Agro Summit e, este ano, temos o Aqua Summit, para debater a gestão da água. Criámos também um espaço de diversão para os jovens, o espaço gaming, muito atrativo para esse público. Que- remos criar atrativos para todos os setores etários.

Falava-me de ser uma feira empresarial. Houve também a criação da ACISMC. Qual é a importância desta associação na realização da feira?

A associação comercial tem um papel essencial, pois agrega os comerciantes do concelho e procura angariar o maior número possível de associados. Através de um protocolo, é parceira do município na angariação de expositores e na organização do certame. O financiamento é garantido pela autarquia, mas a associação é parte ativa da organização.

A procura por parte dos expositores continua a ser muita. Quais são os setores mais representados?

A feira é muito diversificada. O comércio automóvel e a maquinaria agrícola ocupam bastante espaço. Temos também expositores de várias áreas do co- mércio, da indústria e da transformação de produtos endógenos, como conservas e enchidos. Damos espaço aos empresários locais e também aos de fora, que podem investir e encontrar aqui oportunidades de negócio.

Sendo esta uma feira de segadores, ainda se encontram, atualmente, empresários desse setor ou é algo que está extinto?

Ainda há muitos empresários do setor agrícola, com um peso importante na nossa economia, que poderá representar entre 30% e 40%. Somos grandes produtores de azeite, vinhos, frutos secos, oleaginosas. Temos jovens empresários com projetos fortes. Na olivicultura, temos um dos maiores produtores nacionais. Também temos produção de mirtilos com qualidade e impacto regional. Produzimos castanha, apesar dos problemas fitossanitários, e amêndoa. Os nossos produtos são reconhecidos e premiados, como os vinhos Valle Pradinhos e Quinta do Lombo.

A cooperativa agrícola de Macedo tem já um volume de negócios considerável e é uma referência nacional. Há pouco falávamos do financiamento do município.

Existe também um grande retorno da Feira de São Pedro para o município?

Não temos dados precisos, mas só em alojamento, com 1000 camas a 50 euros por noite durante oito dias, estamos a falar de cerca de 400 mil euros. Em refeições, o retorno é ainda maior. E depois há as transações comerciais: máquinas agrícolas e via- turas que valem milhares de euros. Calculamos que se transacionem entre 4 a 5 milhões de euros. A feira representa uma verdadeira oportunidade para o comércio local.

Relativamente ao cartaz deste ano, com grandes nomes nacionais e internacionais. O que levou o município a fazer esta aposta?

Espera-se que traga muitos visitantes? Sim. Este é um cartaz especial, comemorativo dos 40 anos. Foi uma decisão consensual com a ACISMC e outros representantes da sociedade civil. Apostámos num cartaz diferente e com algum sacrifício. O retorno, porém, está garantido, mesmo que não diretamente para o município. Investimos cerca de 450 mil euros, mas acre- ditamos num retorno dez vezes superior. Trouxemos nomes que já estiveram cá, como Daniela Mercury, e outros muito atuais como os Calema. E os Gipsy Kings que são intemporais.

Quais são as expectativas para esta feira e sobretudo para este ano, que celebram os 40 anos da Feira de São Pedro?

Queremos aumentar o volume e as oportunidades de negócio e atrair mais visitantes. No ano passado já houve crescimento e este ano esperamos que seja ainda maior. Queremos dar uma imagem jovem à feira, com oferta em várias áreas, da diversão ao comércio. A ideia é que sintam que esta é uma feira do país, do Norte, sustentável e em constante renovação. Pensamos que esta será uma edição memorável e por isso convidamos todos a visitar Macedo de Cavaleiros. Não vão dar por perdido o tempo que aqui passarem.

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