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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Totobola

O popular jogo do "TOTOBOLA", cujo objectivo consiste em adivinhar as possibilidades de vitória, empate ou derrota de um determinado grupo de jogos de futebol, preenchendo um boletim com os símbolos 1 para o prognóstico de vitória da equipa da casa, um símbolo X para a previsão de empate e o símbolo 2 para o prognóstico de vitória da equipa visitante, foi entre nós criado pela Santa Casa da Misericórdia – Apostas Mútuas Desportivas, e o primeiro concurso teve lugar em 24 de setembro de 1961.
Ao longo de todo este tempo de vida, o TOTOBOLA teve altos e baixos mas perdeu notoriedade e interesse por parte dos apostadores principalmente a partir da introduçao de outros concursos, como o Totoloto, que surgiu no ano de 1985.
Para combater este desinteresse dos apostadores, têm sido feitas alterações no sistema e no regulamento, mas parece que a coisa não tem resolvido e por isso continua a despertar pouco entusiasmo.
Nos seus tempos áureos, nos anos 60 e 70, o TOTOBOLA despertava o interesse do país e de todos quantos semana a semana alimentavam a esperança de obter o primeiro prémio, o que acontecia quando se acertava na totalidade dos 13 resultados, ou mesmo um segundo prémio, acertando em 12.

Apesar disso, nem sempre um primeiro prémio era garantia de muito dinheiro pois este concurso fundamentava-se em muito no factor surpresa. Ora seguindo-se a lógica do favoritismo das equipas que jogavam em casa ou mesmo das equipas mais fortes em cada época, o normal era existir muitos apostadores com a chave certa. Esta quase regra era apenas quebrada quando existia um resultado considerado surpresa, como seja uma equipa pequena, do fundo da tabela ou de um escalão inferior (o que acontecia com frequência em jogos da Taça de Portugal) ir empatar ou até mesmo ganhar a casa de um dos grandes. Aí, sim, era quase certo que se o 13, a haver, daria bom dinheiro.
Para ilustrar esta memória, publica-se aqui um boletim  do TOTOBOLA, datado de 29 de Janeiro de 1967. Como se poderá ver, tinha um grafismo elementar e clássico, com alguma publicidade e a característica folha papel-químico, que permitia a duplicação do boletim de modo a ficar como elemento de prova para o apostador. Claro que era necessário assinar o boletim caso contrário o mesmo era considerado nulo.
Como se compreenderá, desde então as coisas mudaram muito até aos nossos dias, em plena era da informática e do digital, onde até é possível apostar via internet e saber os resultados quase na hora.
Apesar das suas vicissitudes, o TOTOBOLA é um dos símbolos emblemáticos de outros tempos e justo morador de memórias passadas. Teve um tempo de ouro e até teve lugar a um programa próprio na RTP, o "Vamos Jogar no Totobola", nos anos 80/90, já num período onde se adivinhava a sua decadência.


in:santa-nostalgia.blogspot.com

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