SPN teme instabilidade nas escolas com reorganização dos agrupamentos

A criação de três agrupamentos escolares em Bragança, já no próximo ano lectivo, vai obrigar à redistribuição das Escolas do Primeiro Ciclo e do Pré-Escolar.
O agrupamento que vai ser liderado pela Escola Miguel Torga só tem Terceiro Ciclo e Secundário e é preciso reorganizar o mapa escolar para que todos os agrupamentos fiquem com cinco níveis de ensino. Este processo já está a ser delineado, mas está longe de reunir consenso.
A dirigente de Bragança do Sindicato de Professores do Norte, Alice Suzano, diz que em cima da mesa está a distribuição das escolas da cidade e das aldeias pelos três novos agrupamentos.“O Agrupamento Paulo Quintela cederá as Cantarias para a Miguel Torga e a Mãe D´Água para a Abade Baçal. A Paulo Quintela e Emídio Garcia, já que agora é só um agrupamento, recuperariam Rebordão, Rossas que pertencia à Paulo Quintela ficaria com a Miguel Torga. O Toural ficaria para a Miguel Torga e as outras ficariam repartidas entre a Abade Baçal e a Miguel Torga. Ninguém fica satisfeito com isso “.
Para Alice Suzano, esta medida vai provocar instabilidade nas escolas e prejudicar os professores.“Esta situação traz transtornos a nível da colocação de professores, independentemente de os alunos e os pais gostarem ou não de mudar de agrupamento.
Neste momento ninguém sabe ao certo o que vai acontecer ao certo aos professores que são efectivos nos quadros dessas escolas. Não se sabe se os professores acompanham os alunos, se de facto regressam ao agrupamento de origem, e nesta caso para voltar vão ter que sair que estavam lá colocados por quatro anos. São incertezas que perturbam as pessoas a nível pessoal e profissional”.
A dirigente do SPN sublinha ainda que esta indefinição está a condicionar os concursos para a colocação dos professores:“Isto devia ficar definido o mais rápido possível porque estão agora a decorrer concursos e as pessoas precisam de saber quais serão os novos códigos dos novos agrupamentos”.
Na passada sexta-feira houve uma reunião entre os directores das escolas e a Câmara de Bragança, mas não houve entendimento entre as partes. Por isso, terá que ser agendada uma nova reunião para formalizar a divisão de escolas.

Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt