O município liderado pelo socialista Américo Pereira aprovou, em reunião de câmara, uma moção a reclamar do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) medidas urgentes de salvaguarda deste património.
A autarquia defende, no documento, que o ICNB e, concretamente a direção do Parque Natural não têm "qualquer legitimidade para aplicar às populações as fortes sanções previstas no plano de ordenamento (da área protegida) o em vigor, quando o exemplo de preservação e conservação é o que se pode constatar".
Em causa está, segundo a moção, o abandono e consequente degradação das várias casas abrigo ou abrigos de montanha espalhadas pelo parque, que se estende pelos concelhos de Bragança e Vinhais.
Estes edifícios foram criados pela área protegida e tornaram-se emblemáticos para o turismo de natureza com uma procura que esgotava a lotação, sobretudo em épocas como a passagem de ano.
O documento aprovado na reunião de Câmara de Vinhais refere que "os abrigos de montanha, propriedade do ICNB, que durante anos responderam com dignidade e qualidade às necessidades dos turistas que visitavam o território, encontram-se agora, na sua maior parte, degradados e abandonados contrariando qualquer política de desenvolvimento turístico defendido pelas autarquias envolvidas, com vista ao desenvolvimento da região".
De forma a resolver uma situação "que se agrava de dia para dia e que em nada contribui para uma eficaz promoção do PNM", o executivo de Vinhais reclama "urgentemente, medidas de salvaguarda do património existente".
Estas medidas poderão passar, segundo alega, "pela entrega da exploração dos referidos imóveis às autarquias que manifestem interesse nesse sentido".
O autarca de Vinhais garante já ter feito diligências nesse sentido "mais que uma vez, não tendo sido obtida qualquer resposta até ao momento."
A Lusa tentou contactar vários organismos da tutela da área protegida sem sucesso, até ao momento.
HFI
Lusa
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