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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Vinhais - (Distrito de Bragança)

D. Afonso 111 concedeu-lhe o primeiro foral em 1253. D. Manuel l outorgou-lhe foral novo, em 1512.
Fundada no século Xlll por D. Sancho ll, manteve o nome de Póvoa Rica até ao século XVl, tendo sido entretanto fortificada por D. Dinis. Passava por aqui a via imperial que ligava Braga a Astorga, sendo atribuída aos romanos a construção da Ponte da Rauca, de três arcos, enquanto aos Godos é a Igreja de São Facundo, hoje templo do cemitério.
Do velho castelo pouco resta já, chamando-se ainda “vila” ao conjunto de casas existentes dentro das suas muralhas, com um dos acessos por curioso arco. No seu interior, um pelourinho num pequeno largo e a Igreja Matriz.
Segundo, Xavier Fernandes em Topónimos e Gentílicos (1944): “Na antiga linguagem portuguesa usou-se muito o vocábulo vinhal, derivado do latim vinealis e empregado para designar terreno com vinhas. Como topónimo Vinhais é um plural morfológico, embora seja um singular semântico. Tem-se dito que o nome foi dado à terra pela fertilidade do respectivo solo e pela grande produção de vinho”.
Vinhais
O concelho de Vinhais pertence à região de Trás-os-Montes e insere-se na bacia do rio Douro, sendo atravessado pelos rios Rabaçal, Tuela, Mente e Baceiro.
Com um relevo muito acentuado, vales profundos e encaixados, o concelho apresenta valores altimétricos compreendidos entre os 300m e os 1 273m; situando-se a altitudes mais frequentes entre os 500m e os 900m.
O clima é continental e é extremo.
A vegetação da região é diversificada. Em poucos quilómetros podem observar-se seculares carvalhais, sardoais e soutos que, juntamente com os pinheiros, freixos, vidoeiros e outras espécies autóctones, representam a riqueza de espaços florestais coloridos e frescos.
O concelho reveste-se de grande importância faunística a nível europeu, pela existência de espécies em vias de extinção, como o lobo ibérico, a águia real e a cegonha branca, bem como espécies raras e vulneráveis, como a lontra, a marta, toupeira de água e a víbora cornuda. De referir ainda o corço, o veado, o coelho, a lebre, a perdiz e o javali.
História:

Pelourinho:
Trata-se de um pelourinho manuelino, reconstruído no século XX. A coluna, de fuste hexagonal, liso e com duas secções, tem uma base prismática que assenta sobre um soco poligonal de cinco degraus. O remate é constituído por um bloco, com corpo principal decorado com duas mãos, dois pés e duas maças, destacando-se as armas de Portugal encimadas por uma coroa. Sobre estes elementos ergue-se uma cruz grega, possuindo nos topos cabeças de serpente, uma das quais ainda possui uma argola de ferro. Remata o conjunto uma pirâmide de formato cónico que contém uma esfera armilar.
Vinhais é uma povoação muito antiga, anterior à fundação da nacionalidade, outrora chamou-se Póvoa Rica.
As sua origens remontam ao período anterior à Idade Média. Encontram-se alguns vestígios da vida pró-histórica em Dine.
Com a chegada dos romanos, o local escolhido, para residência e vigilância, seria o picoto mais elevado, conhecido hoje por "Cidadela", por ser o de mais desafogada visão da região, cruzado pela via militar de Braga-Chaves-Astorga. Foi aqui que a vila foi fundada nos meados do séc. XIII pelo rei D. Sancho II.
Os reis D. Afonso III e D. Dinis distinguiram a vila com diversas regalias e obras defensivas.
Da antiga cerca medieval apenas restam as ruínas dos muros e a Porta da Vila, monumento nacional.
A visitar:
O convento de São Francisco e a igreja de São Facundo. 
Concelho de Vinhais, freguesia de Vinhais
A igreja de S. Facundo é um templo de traça românica que mostra algumas semelhanças com um outro localizado em Mazouco, no concelho de Freixo de Espada à Cinta.  A fachada, com um portal de arco levemente apontado, ladeado por vestígios de esculturas, é rematada por um campanário com dois pequenos sinos.
No interior, tem uma única nave de pequenas dimensões, que alberga, do lado da Epístola, um túmulo quatrocentista em xisto. A porta existente ao lado do túmulo é em arco levemente apontado, sendo na altura da construção da pequena sacristia alterada para um vão de verga recta. Na zona do arco triunfal, ostenta, do lado do evangelho, um pequeno altar em talha. A capela-mor, iluminada por dois vãos, encontra-se completamente preenchida pelo altar de talha.
Acesso: Lug. de São Facundo (situado no cemitério).
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 95/78, DR 210 de 12 Setembro 1978.
Nos arredores não perca o solar de Vilar de Ossos, a igreja de Moimenta e outros.

Lenda da figueira do campanário da igreja de S. Francisco de Vinhais
Aquando da expulsão dos frades de S. Francisco de Vinhais em 1834, apesar da violência e do terror espalhado pelos liberais, um frade missionário ainda pôde subir ao púlpito e fazer ao povo um discurso de despedida. No final proferiu estas palavras proféticas: " Só tornará a haver missões nesta igreja quando virdes uma figueira no campanário do templo da Ordem Terceira ..."
Efectivamente, decorridos muitos anos, uma figueira nasceu na fenda de duas cantarias do campanário onde ainda hoje se pode observar, oscilando às fortes rajadas da ventania agreste. Tem metro e meio de altura e dá frutos que não amadurecem.
Diz o povo que "quando a figueira secar o mundo acabará!...". Crenças populares.

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