A carência de profissionais no Nordeste Transmontano foi denunciada, ontem, pelo Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, que visitou as unidades de saúde da região.
No entanto, Ângela Prior garante que o Conselho de Administração quer contratar mais profissionais, mas diz que falta financiamento.
A ULS Nordeste está a alargar os horários dos enfermeiros para garantir o funcionamento de todos os serviços.
Segundo a directora de Enfermagem da ULS esta foi uma das soluções encontradas para colmatar a falta de profissionais.
Mesmo assim, Ângela Prior admite que é necessário fazer mais contratações. “Para que haja mais enfermeiros é necessário que sejam aprovadas as propostas que nós apresentamos de contratos de mais enfermeiros”, acrescentou. “Mas para isso é necessário que haja mais cabimento orçamental. Tudo isto se prende com financiamento”, concluiu a responsável.
Declarações proferidas, ontem, durante a visita institucional do Bastonário da Ordem dos Enfermeiros à ULS Nordeste.
Germano Couto diz mesmo que os cidadãos não estão a ter acesso aos cuidados de saúde a que têm direito, apesar dos esforços do Conselho de Administração da ULS. “Nós estamos com uma dotação de 4.6 enfermeiros por mil habitantes, quando o rácio nacional é de 6.1 e já esse é muito inferior ao desejável. Comparativamente ao da união europeia que é de 8.7 por mil habitantes”, revelou.
Está já prevista a realização de uma reunião entre o Bastonário, o Conselho de Administração da ULS Nordeste e o Ministro da Saúde, para debater questões ligadas ao financiamento e às dotações de enfermeiros.
A ULS Nordeste tem, actualmente, 619 enfermeiros, para servir um distrito com cerca de 136 mil habitantes.
Escrito por Brigantia
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