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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Casa de acolhimento de recém-nascidos rejeitados restaurada em Torre de Moncorvo

A antiga Casa da Roda de Torre de Moncorvo foi recuperada e restaurada para mostrar aos visitantes o ambiente de uma instituição que acolhia recém-nascidos que no século XVIII eram rejeitados por mães solteiras ou famílias pobres.
"Na Casa das Roda eram essencialmente deixadas crianças filhas mães solteiras ou de famílias muito pobres que não as podiam criar. Foi no reinado de Dona Maria I que foi criada a primeira instituição do género e a vila de Torre de Moncorvo recebeu a sua primeira Casa da Roda em 1782", explicou hoje à Lusa Helena Pontes, da autarquia de Torre de Moncorvo.
As crianças entregues nas Casas da Roda ficavam dois ou três dias nesta espécie de instituição de acolhimento e que era suportada pelo município que pagava a renda e ordenado da pessoa que recebia as crianças e era conhecida como "Rodeira".
"As crianças com menos de dois anos eram entregues a uma ama-de-leite, daí para frente a amas-secas que cuidavam das crianças até aos sete anos de idades. As crianças que chegavam à ´Roda' traziam alguma identificação, mas nem todas", acrescentou.
A Casa da Roda de Torre de Moncorvo está situada nas proximidades da Igreja da Misericórdia o que permite aos investigadores estabelecer uma relação entre elas, já que esta Casa "substitui" a Misericórdia no acolhimento "dos expostos" que muitas vezes eram colocados à porta daquela Igreja.
As casas da roda tinham um mecanismo giratório aberto de um lado e colocado na vertical, onde eram deixadas as crianças sem haver contacto visual com o exterior.
Tendo como referência o número de crianças que passaram por aquela instituição por ano, a casa da Roda de Torre de Moncorvo apresentava um total de 3176 expostos registados, sendo que 1576 era do sexo feminino e 1600 masculinos.
"A Casa da Roda de Torre de Moncorvo não pode ser pensada em termos de espaço, mas sim pelo significado que a mesma teve, e que por força da circunstâncias estar atuar algum sofrimento devido aos tempos conturbados que vivemos nesta altura e mesmo tempo dar a conhecer aos turistas este tipo de instituição a quem visita", disse o autarca de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves.
As Casas da Roda tinham maneiras próprias de funcionamento, sendo que a de Tore de Moncorvo serviu os concelhos vizinhos de Alfândega da Fé e Carrazeda de Ansiães.
Segundos os investigadores, com o fim da Casa da Roda de Torre de Moncorvo, começa a criação da Roda do Hospício em Bragança em 1872, tendo encerrado definitivamente em 1906.
A Casa da Roda de Torre de Moncorvo foi agora transformada num Núcleo Museológico

FYP // PGF
Lusa /fim

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