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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Museu de Curiosidades do Romeu

Abre das 12 horas às 17 horas e por vezes é preciso avisar a pessoa responsável para o abrir, que vive bem perto. Está fechado às segundas e quartas de tarde.

Está localizado na aldeia do Romeu (Quinta Jerusalém do Romeu) e é uma colecção particular de antiguidades e de inúmeros objectos curiosos recolhidos pelos membros da família Menéres, entre os quais se encontram carros antigos (um Ford T de 1909), exemplos das primeiras máquinas fotográficas, bicicletas, biciclos, relógios, máquinas de costura, apetrechos de lagares de azeite e de vinho, carros de cavalos, grafonolas e uma das juke-boxes mais antigas do mundo.


É um espaço simples onde ainda se encontram expostos testemunhos da vida rural da localidade e da região.

Foi preponderante a acção e a generosidade da D. Maria Isabel Bacelar para a abertura do Museu de Curiosidades.


Falar do museu é falar também do Restaurante Maria Rita, um dos mais conhecidos da região, e da Sociedade Clemente Menéres e sua família.


De pedras fez terra: um caso de empreendedorismo e investimento no Nordeste Transmontano (Clemente Meneres)


Na segunda metade do século XIX, Clemente Menéres, oriundo da Vila da Feira, negociava em vinhos e cortiças nos mercados do norte da Europa e do Brasil. Anteriormente já tinha vivido algum tempo nessa ex-colónia e viajado pela Europa, Médio Oriente e Norte de África.


Em 1874 visita pela primeira vez Trás-os-Montes á procura de sobreiros que constava por lá haver e que não eram explorados. De pronto compra os que encontra e que se situavam nas terras incultas onde não de dava mais nada.


Cria assim a Quinta do Romeu, que depois originou a Sociedade Clemente Meneres, Lda, com sede no extinto Convento de Monchique no Porto (séc. XV/XVI), comprado em hasta pública em 1872.


Apesar de falecer, faz a referida sociedade por quotas com os filhos, com o objectivo de manter indivisas as suas propriedades dado que a transmissão das quotas só podia ser feita aos seus descendentes directos. Sucedeu-lhe seu filho José Meneres que continua o seu trabalho. Cria a Confraria de Nossa Senhora de Jerusalém do Romeu para zelar por um Santuário do século XVI que seu pai encontrara abandonado e reconstruíra. Funda a Cooperativa Por Bem para abastecer por mercearia quem lá vivia e uma Casa do Povo com consultório médico, farmácia e biblioteca, onde também se fez teatro e passaram filmes, numa Máquina Cinematógrafo de 1912 que trabalhou no Cinema Pathé, no Porto, e no Cinema Afonso Sanches em Vila do Conde.


Depois de José falecer, o seu irmão Manuel dá novo impulso ao Romeu, melhorando as condições de vida dos habitantes de Vale de Couço, Vila Verdinho e Romeu, com a colaboração íntima do Prof. J. Vieira Natividade. Cria uma creche e um jardim de infância e faz o Restaurante Maria Rita e o Museu de Curiosidades.


Actualmente a Sociedade Clemente Menéres está a apostar forte na cortiça, no vinho generoso e no azeite biológico, considerado em 1999 como o melhor azeite da Península Ibérica por uma revista alemã. Vende-se na Dinamarca, na Suiça, na Alemanha e no Japão, entre outros países. O seu vinho é produzido em adega própria, com lagares tradicionais e cubas de fermentação com controlo de temperatura.


As suas matas de sobreiros, que se mantém no seu habitat de há milénios, estão integradas na rede Natura 2000, uma reserva ecológica europeia que pretende preservar a biodiversidade. A produção de cortiça, uma matéria-prima natural e renovável, é uma das principais actividades da Casa Menéres.


in:cm-mirandela.pt

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