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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Os jornais de Bragança durante o Estado Novo (1926-1974)

Entre 1926 e 1974, o número de jornais publicados em Bragança diminuiu substancialmente, realidade, a que logicamente não foi estranho o caráter ditatorial do regime, com a abolição da liberdade de imprensa. Durante este período, praticamente só três periódicos viram a luz do dia com regularidade e durante um período relativamente extenso: o Boletim da Diocese de Bragança, o Guia do Catequista (boletim religioso), o Mensageiro de Bragança e o Boletim de Os Amigos de Bragança. Existiram ainda outros três jornais, dos quais apenas um, Terras de Bragança, “Órgão das Comissões da União Nacional do Distrito de Bragança”, constituindo a segunda série da publicação do jornal com o mesmo nome publicado em 1921, conseguiu manter-se vários anos (1934 1940).
Os outros dois, P’ra Cá do Marão e A Voz Académica, tiveram apenas alguns meses de vida.

Das outras publicações periódicas, refira-se apenas a Presença, boletim da Escola Industrial e Comercial de Bragança, dirigido inicialmente por Hirondino da Paixão Fernandes, publicado irregularmente até 1974, e que acabou por se afirmar como um valioso instrumento académico e de cultura na Cidade.
A Diocese de Bragança-Miranda continuou a garantir uma publicação periódica da sua responsabilidade, o Boletim da Diocese de Bragança, que se manteve até finais da Segunda Guerra Mundial (a doze de janeiro de 1937 anunciou o seu desaparecimento devido à aparição do boletim interdiocesano Lumen); e o Guia do Catequista, uma revista “que fomentou e acompanhou o movimento catequístico”, graças ao empenho do bispo da Diocese, Abílio Vaz das Neves, como refere Belarmino Augusto Afonso.
Sobrepôs-se, como se vê, embora irregularmente, durante cinco anos, a outra publicação da Diocese, mas acabou por dar o lugar ao Mensageiro de Bragança, que foi até ao presente o jornal com mais tempo de vida em todo o Distrito de Bragança, continuando ainda hoje a ser publicado, num total de 73 anos ininterruptos.
Depois deste, os jornais com mais anos de vida foram A Voz do Nordeste, que se publicou entre 1985 e 2010, num total de 25 anos; O Nordeste, durante a Monarquia, editado entre 1888 e 1910, num total de 22 anos; e A Gazeta de Bragança, que se manteve durante 18 anos.
Analisemos, pois, o Mensageiro de Bragança nos anos que dizem respeito ao Estado Novo e Os Amigos de Bragança, não só pelo impacto que tiveram, mas também porque foram os únicos com a duração mínima necessária para serem considerados parte integrante do património cultural do Concelho de Bragança.

...continua

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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