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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 2 de março de 2019

Reunião decisiva para desbloquear a estrada Bragança - Puebla

A associação transfronteiriça Eixo Atlântico informou que os espanhóis estão disponíveis para avançar com um estudo prévio da estrada Bragança/Puebla de Sanábria, uma reivindicação com mais de 20 anos que tem esbarrado em impactos ambientais.

O secretário-geral, Xoán Mao, avançou à Lusa que “o Conselheiro de Fomento e Meio Ambiente de Castela e Leão, Juan Carlos Suárez-Quiñones y Fernández, propôs a assinatura de um memorando com a Câmara de Bragança para fazer um estudo informativo prévio da obra”.

A proposta foi feita numa reunião em que estiveram também presentes o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, e o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo e cujos resultados foram hoje divulgados pelo Eixo Atlântico.

Segundo o secretário-geral, em Espanha o estudo informativo prévio é o primeiro passo legal necessário para a obra e, do lado português, aguarda-se agora por uma resposta do município, “dependente de uma análise da proposta de acordo por parte dos serviços jurídicos da Câmara de Bragança”.

A Lusa pediu uma reação ao presidente da Câmara, Hernâni Dias, que não quis pronunciar-se sobre o assunto.

O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Mao, afirmou que Bragança “comprometeu-se a dar resposta em alguns dias à proposta do Conselheiro espanhol”.

De acordo ainda com o responsável, a Infraestruturas de Portugal “manifestou o interesse na melhoria da ligação de Bragança com Sanábria”.

Contactada pela Lusa, fonte da IP indicou que esta entidade não toma decisões políticas sobre investimentos, é apenas executora.

Num comunicado enviado à Lusa, a Associação Eixo Atlântico anunciava inicialmente que estava “desbloqueada” a ligação Bragança-Puebla de Sanábria. O secretário-geral esclareceu, depois, tratar-se de uma proposta para ajudar a desbloquear o processo.

Xoán Mao explicou que o que está em cima da mesa é a proposta de assinatura de um “Memorando entre a administração da Comunidade de Castela e Leão do Reino de Espanha e a Câmara Municipal de Bragança da República Portuguesa para a realização de um Estudo Técnico da Variante de Rihonor de Castela (Espanha)-Rio de Onor (Portugal)”.

A assinatura, acrescentou, terá de ser feita “até ao fim de abril, uma vez que em maio há eleições autárquicas em Espanha e em campanha eleitoral estão proibidos todos os atos como inaugurações de obras e assinaturas de protocolos, considerados eleitoralistas”.

Em maio, seguem-se eleições regionais em Castela e Leão.

A nova ligação transfronteiriça de cerca de 30 quilómetros entre Bragança e Puebla de Sanábria é reclamada há mais de 20 anos e já constou do Plano Rodoviário Nacional português, mas foi afastada depois de sucessivos pareceres negativos ambientais, por atravessar o Parque Natural de Montesinho.

O traçado seria praticamente todo executado do lado português e as entidades dos dois lados da fronteiriça já se manifestaram dispostas a abdicar de uma via com um perfil de maior impacto como uma autoestrada, para melhorar a atual ligação feita de curva contra curva.

A estrada faz parte das propostas da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes para obras no território no âmbito do Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030.

Nem esta, nem as principais intervenções reclamadas pela região, constam do PNI e a expectativa dos autarcas portugueses é de que ainda possam ser incluídas em sede de discussão na Assembleia da República.

O Eixo Atlântico defende que “esta ligação, estimada em 20 minutos, terá um forte impacto económico tanto para a província de Zamora (Espanha), como para a região de Trás-os-Montes, tanto no âmbito industrial, como no turismo, impacto que se estima se estenderá também à província de Leão”.

Foto: La Opinión de Zamora
in:diariodetrasosmontes.com

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