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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

O BARRACÃO DAS EIRAS – HOSPEDARIA MILITAR, TEATRO, COMÉRCIO

Já referimos como, em dezembro de 1829, a Câmara deliberou que vários dos produtos que se vendiam na Praça do Colégio, durante a feira mensal do dia 21, passassem a ser transacionados nas Eiras do Colégio ou do Arcebispo. Nessa decisão parece ter pesado muito o facto de “ter saído de Bragança o regimento de Cavalaria e estar o Barracão das Eiras do Colégio convertido em Assento, e achando-se assim o Campo das Eiras desocupado”.

Devemos dizer que as Eiras tinham como limite, num dos seus lados, a Rua dos Quartéis, um topónimo que derivava da antiga presença de um quartel de Cavalaria. A nova vocação comercial obrigaria à construção de “uns cabanais”, que nos dias de feira seriam arrendados. Significando utilidade e receita para a Comissão Municipal que governava a autarquia, presidida pelo visconde de Ervedosa, esta obra, consideravam, aumentaria a perfeição da mesma Praça.
Como se vê, era crescente a importância do Rossio das Eiras do Arcebispo. Era aqui que existia uma edificação que passaria a ser alvo de grandes atenções porque, na sua transformação, vislumbravam alguns novas e acrescentadas funcionalidades que estavam ausentes dos cabanais que serviam de estabelecimento a alguns feirantes.
No penúltimo dia de agosto de 1843, a Câmara empenhava-se no incentivo da “obra que tem de se fazer no Barracão das Eiras para nele se estabelecer uma hospedaria militar”, e para avançar nos seus propósitos encarregava uma comissão para estudar o empreendimento, incluindo o problema dos custos. A comissão olhava para a possibilidade de uma subscrição, enquanto alargava o âmbito do cometimento, porque, “em consequência do Barracão ter a necessária capacidade para nele se estabelecer a hospedaria militar para tempos ordinários, se podia no resto do edifício construir-se um teatro por ser muito da vontade das autoridades e habitantes desta Cidade, e fazer, além disso, no poente da mesma rua, arcada para nele se vender o pão que concorrer ao mercado, pagando certa quantia de contribuição”.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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