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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..."
Em Portugal, desde o início do ano, apesar de se combater, por todos os meios, a violência na família, contam-se já mais de uma dezena de mulheres, assassinadas.
A violência doméstica não é calamidade dos nossos dias, pois entronca-se na época do antropóide pré-histórico.
Mas, que a agressão física, chegue a causar a morte, parece-me que é novidade preocupante, pelo menos na quantidade que se verifica.
Psicólogos experimentados tentam explicar o motivo que leve um dos membros, do casal, a agir com tal violência, que em muitos casos, leve à morte; mas, não conseguem conclusões definitivas.
As autoridades, por sua vez, procuram agravar as penas, para crimes desse género; mas continuam por explicar a razão, porque recrudesce a violência, não só entre os conjugues, mas, igualmente, no namoro.
Também não se descobre, porque as crianças agridem, agora, os pais e os professores; assim como os netos maltratam os avós. Outrora, nunca as crianças bateram nos professores, e raras se aventuravam a maltratar a mãe, e muito menos o pai.
Por que acontece agora?
A meu ver, é o resultado da educação que estamos a dar à juventude.
A ideia corrente, que bater nas crianças, pode traumatizá-las, levou a sociedade a condenar toda ou qualquer correção, até a simples palmada! …
Como a polícia e os tribunais, castigam o cidadão, que prevarica, também convêm, que os pais castiguem os filhos, enquanto pequenos, quando erram.
Devem assim agir – a meu ver, – para não se tornarem futuros delinquentes; e mais tarde, virem a necessitar, que o Estado os venha a castigar, fazendo o que os progenitores não fizeram.
As nossas cadeias estão cheias de criminosos, e os principais “culpados”, são os pais, por não saberem ou não quererem, repreende-los em menino.
O abandono, de grandes franjas da sociedade, e da Igreja, e o facto da juventude se ter afastado da doutrina de Jesus, tem contribuído para o aumento da violência, e de toda a espécie de delinquência e desrespeito. Porque, a Igreja, coadjuva, os pais, na educação dos jovens.
Se queremos coletividade mais justa e mais digna, temos que educar, convenientemente, a juventude.
Educar, não é só instruir, mas principalmente, inculcar: hábitos, valores morais e cívicos, que formem o carácter.
Caso contrário, as nossas cidades irão transformar-se numa selva de pedra e cimento, onde impera: o egoísmo, o desrespeito e desenfreada violência.

Humberto Pinho da Silva, nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA.Foi redactor do jornal: “Notícias de Gaia"” e actualmente é o responsável pelo blogue luso-brasileiro: " PAZ".

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