Até ao final do ano, perspetivam-se boas campanhas de fruta no país e na região transmontana.
Se olharmos para a maçã, por exemplo, o crescimento em relação à campanha anterior é geral, mas é em Trás-os-Montes que se está a registar um aumento mais expressivo da produtividade, na ordem dos 58% em relação à campanha anterior.
Os dados são do Boletim Mensal da Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatística, relativo ao mês de setembro, que apontam as condições meteorológicas favoráveis, realização atempada de regas e entrada em produção de novos pomares como principais fatores na origem desse crescimento.
Em termos nacionais, os dados apontam também para crescimentos na produtividade da amêndoa, pêssego e no rendimento unitário da vinha.
Já para o kiwi prevê-se uma diminuição da produtividade em 5% e a pera deve manter os valores da campanha anterior.
No geral, Carla Alves, Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), aponta para um bom ano de fruta na região:
“Este é um ano com ótimas perspetivas.
Estamos na altura nas vindimas, mas o Douro já estará a terminar porque começa mais cedo do que cá em cima, e há um aumento na produção de uvas.
Para a amêndoa e para a castanha também se prevê que seja um bom ano com aumentos.
É um ano de enorme satisfação em que as condições climáticas também contribuíram para isso.”
No caso concreto da castanha, André Vaz, vice-presidente da Cooperativa Soutos os Cavaleiros, que conta com associados de vários pontos dos distritos de Bragança e Vila Real, diz que as condições climáticas apontam para uma boa campanha:
“Ainda é um pouco cedo, mas se olharmos para as condições climáticas deste ano, prevê-se que seja uma campanha boa porque não houve seca demasiado severa, durante o período estival houve sempre alguma humidade relativa, houve alguns períodos de chuva, e em termos bichado da castanha, nós temos alguns campos de ensaio em que verificamos as curvas de voo do inseto vetor, e prevê-se que os níveis sejam baixos.
Com castanha pouco bichada em com humidade suficiente para se desenvolver, acreditamos que seja uma campanha média/boa para este ano.”
Quanto à amêndoa, que a nível nacional tem crescido no número de pomares, este ano a previsão de produtividade é maior em 65% face à campanha anterior. A maior produtora ainda é a região Norte e Ana Santos, do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, fala num aumento de plantações também em Trás-os-Montes:
“Sim, tem aumentado e há regiões que têm crescido muito em termos de área de amêndoa, principiante em Mirandela e Mogadouro que não eram áreas tão tradicionais desta cultura, tínhamos mais em Torre de Moncorvo e Alfândega, mas estamos a notar um crescimento nessas zonas.
Se calhar daqui a dois/três anos vamos notar mais isso, quando eles entrarem em plena produção e conseguirmos ter dados mais reais dessa altura.”
A Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte espera que no próximo quadro de apoio estejam contempladas mais ajudas para estas duas culturas:
“Aquilo que estamos a tentar fazer é preparar o novo quadro comunitário de apoio. Gostaríamos de dar ajudas à plantação, em tudo que seja ligado ao amendoal e castanheiro, através de um apoio muito idêntico àquele que é dado dentro do VICTIS, com o qual é dada uma ajuda à plantação por hectare .
Estou certa que essa seria uma medida ótima que ajudaria a ter ainda mais produção.”
Ainda no que toca à agricultura, começa durante este mês de outubro o Recenseamento Agrícola 2019, uma operação censitária promovida pelo Instituto Nacional de Estatística de 10 em 10 anos, com o objetivo de recolher informação sobre o setor e com ela melhor adequar as medidas a aplicar nesta área.
Carla Alves pede aos agricultores que colaborem:
“Estes concelhos são aqueles que têm maior número de agricultores. Nós vamos iniciar brevemente o recenseamento agrícola e faço o apelo aos agricultores para que recebam os entrevistadores, porque é muito importante termos estes dados. Este é um processo que se faz apenas de dez em dez anos e acaba por ser um instrumento para chegar a medidas que se encaixem nas necessidades. Só o Norte, tem mais agricultores do que qualquer região do país e estão previstos serem feitos 183 mil inquéritos.”
O Recenseamento Agrícola 2019 vai recolher informações junto dos agricultores de todo o país até maio de 2020.
Escrito por ONDA LIVRE
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