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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Prevê-se um bom ano de fruta na região

Até ao final do ano, perspetivam-se boas campanhas de fruta no país e na região transmontana.
Se olharmos para a maçã, por exemplo, o crescimento em relação à campanha anterior é geral, mas é em Trás-os-Montes que se está a registar um aumento mais expressivo da produtividade, na ordem dos 58% em relação à campanha anterior.

Os dados são do Boletim Mensal da Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatística, relativo ao mês de setembro, que apontam as condições meteorológicas favoráveis, realização atempada de regas e entrada em produção de novos pomares como principais fatores na origem desse crescimento.

Em termos nacionais, os dados apontam também para crescimentos na produtividade da amêndoa, pêssego e no rendimento unitário da vinha.

Já para o kiwi prevê-se uma diminuição da produtividade em 5% e a pera deve manter os valores da campanha anterior.

No geral, Carla Alves, Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), aponta para um bom ano de fruta na região:

“Este é um ano com ótimas perspetivas.

Estamos na altura nas vindimas, mas o Douro já estará a terminar porque começa mais cedo do que cá em cima, e há um aumento na produção de uvas.

Para a amêndoa e para a castanha também se prevê que seja um bom ano com aumentos.

É um ano de enorme satisfação em que as condições climáticas também contribuíram para isso.”

No caso concreto da castanha, André Vaz, vice-presidente da Cooperativa Soutos os Cavaleiros, que conta com associados de vários pontos dos distritos de Bragança e Vila Real, diz que as condições climáticas apontam para uma boa campanha:

“Ainda é um pouco cedo, mas se olharmos para as condições climáticas deste ano, prevê-se que seja uma campanha boa porque não houve seca demasiado severa, durante o período estival houve sempre alguma humidade relativa, houve alguns períodos de chuva, e em termos bichado da castanha, nós temos alguns campos de ensaio em que verificamos as curvas de voo do inseto vetor, e prevê-se que os níveis sejam baixos.

Com castanha pouco bichada em com humidade suficiente para se desenvolver, acreditamos que seja uma campanha média/boa para este ano.”

Quanto à amêndoa, que a nível nacional tem crescido no número de pomares, este ano a previsão de produtividade é maior em 65% face à campanha anterior. A maior produtora ainda é a região Norte e Ana Santos, do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, fala num aumento de plantações também em Trás-os-Montes:

“Sim, tem aumentado e há regiões que têm crescido muito em termos de área de amêndoa, principiante em Mirandela e Mogadouro que não eram áreas tão tradicionais desta cultura, tínhamos mais em Torre de Moncorvo e Alfândega, mas estamos a notar um crescimento nessas zonas.

Se calhar daqui a dois/três anos vamos notar mais isso, quando eles entrarem em plena produção e conseguirmos ter dados mais reais dessa altura.”

A Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte espera que no próximo quadro de apoio estejam contempladas mais ajudas para estas duas culturas:

“Aquilo que estamos a tentar fazer é preparar o novo quadro comunitário de apoio. Gostaríamos de dar ajudas à plantação, em tudo que seja ligado ao amendoal e castanheiro, através de um apoio muito idêntico àquele que é dado dentro do VICTIS, com o qual é dada uma ajuda à plantação por hectare .

Estou certa que essa seria uma medida ótima que ajudaria a ter ainda mais produção.”

Ainda no que toca à agricultura, começa durante este mês de outubro o Recenseamento Agrícola 2019, uma operação censitária promovida pelo Instituto Nacional de Estatística de 10 em 10 anos, com o objetivo de recolher informação sobre o setor e com ela melhor adequar as medidas a aplicar nesta área.

Carla Alves pede aos agricultores que colaborem:

“Estes concelhos são aqueles que têm maior número de agricultores. Nós vamos iniciar brevemente o recenseamento agrícola e faço o apelo aos agricultores para que recebam os entrevistadores, porque é muito importante termos estes dados. Este é um processo que se faz apenas de dez em dez anos e acaba por ser um instrumento para chegar a medidas que se encaixem nas necessidades. Só o Norte, tem mais agricultores do que qualquer região do país e estão previstos serem feitos 183 mil inquéritos.”

O Recenseamento Agrícola 2019 vai recolher informações junto dos agricultores de todo o país até maio de 2020.

Escrito por ONDA LIVRE

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