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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Assembleia Municipal de Mirandela aprovou saída da autarquia da Associação MirCom

 A Assembleia Municipal de Mirandela aprovou a proposta do executivo da câmara para a desvinculação do Município da Associação MirCom - pessoa coletiva de direito privado sem fins lucrativos - que tem como parceiros a Associação Comercial e Industrial e a autarquia, desde 2007.
Na altura, foi criada para fazer candidaturas ao URBCOM do comércio tradicional, mas agora, na justificação para esta proposta, a autarquia liderada por Júlia Rodrigues socorre-se do regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais que, no entender da autarca socialista, causa constrangimentos na relação da Mircom com o Município.

A mesma proposta tinha sido reprovada, há dois meses, na última reunião de 2020 daquele órgão autárquico, com a maioria dos membros do PSD a alegar que estaria em causa o futuro dos cinco funcionários da Mircom. Agora, o PSD dividiu-se pela votação favorável e pela abstenção. Paulo Pinto, também presidente da concelhia social-democrata, justifica esta mudança no sentido de voto: “Se a câmara entende sair porque não quer estar numa posição irregular quanto ao financiamento e relevante porque nada está lá a fazer, enquanto membro desta assembleia tenho de concordar que a autarquia tem uma pretensão na qual acha melhor que fora da Mircom trará maiores benefícios, maior transparência aos processos de atribuir subsídios e maior eficácia a futuras candidaturas a programas nacionais, só posso votar a favor”.

Ainda assim Paulo Pinto deixa o aviso: “Esta associação tem uma importante atividade na região, tem cinco quadros que necessariamente vão precisar de ser financiados pela câmara para poderem subsistir e tomarei posição intransigente na garantia da manutenção destes postos de trabalho.”

Faustino da Cunha, do CDS, voltou a votar favoravelmente esta desvinculação, mas não deixa de ter muitas dúvidas sobre as consequências que pode trazer para os cinco postos de trabalho. “Dois amigos resolveram fazer um pacto e geraram uma criança, mas agora um deles quer sair do pacto e pergunto se a criança vai para casa do pai ou da mãe”, questiona.

Também a CDU votou favoravelmente a proposta pela necessidade de haver “maior transparência na relação entre a autarquia e a ACIM”, explica Jorge Humberto. “Uma coisa é subsidiar e outra é financiar. A câmara não tem obrigação de financiar, ou então subvertemos o sistema, tal como aconteceu durante muitos anos. Tem de ser a Mircom de se autofinanciar”, sustenta.

A presidente da autarquia considera que esta desvinculação “era inevitável em termos legais” e até entende que a desvinculação será benéfica para os cinco trabalhadores e para a própria Mircom. “A relação laboral dos funcionários da Mircom não vai alterar-se, mas a questão resume-se ao seguinte. Enquanto a câmara estiver vinculada à Mircom não há suporte legal para a celebração do contrato-programa incluído no orçamento para 2021, nem pode ser apoiada sob outra forma”, refere Júlia Rodrigues.

A Assembleia aprovou a proposta com 32 votos a favor, 15 abstenções e 1 voto contra do presidente da junta de freguesia de Cedães.

António Martins, eleito em 2017, nas listas do PSD, lamenta que vários elementos do partido “tenham mudado o sentido de voto em dois meses e sem ter mudado uma única vírgula na proposta apresentada pelo executivo”. 

Escrito por Terra Quente (CIR)

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