Maria do Céu Antunes elogia a estratégia desta empresa que, há um ano, investiu cerca de 50 mil euros para se equipar com 240 painéis fotovoltaicos, que já se reflecte numa redução na factura energética a rondar os 40%. A ministra espera que sirva de incentivo para outras empresas se candidatarem ao Aviso para a Instalação de painéis fotovoltaicos, que abriu no início do mês, com uma dotação de 10 milhões de euros.
“É um exemplo a todos os níveis, porque bem sabe que a competição é grande e, por isso, é preciso cada vez mais reduzir custos de produção para poder entrar no mercado de forma mais assertiva, através da redução da instalação de formas produtivas de energia limpa”, frisou a ministra.
Tiago Ribeiro, da empresa Alves e Ribeiro, que produz as “Alheiras Angelina”, confirma que o investimento feito na instalação dos painéis fotovoltaicos na cobertura da unidade agro-alimentar está a permitir uma redução de custos de produção e uma maior sustentabilidade económica.
“Instalámos 240 painéis fotovoltaicos na cobertura e isso trouxe-nos uma redução de energia na ordem dos 40%, estando nós em Mirandela e com uma exposição solar fantástica, conseguimos tirar toda a rentabilidade e o retorno financeiro tem sido muito grande”, referiu o empresário.
Esta unidade agro-alimentar de Mirandela está a laborar há mais de duas décadas com um investimento total de cerca de 2 milhões de euros. Dedica- se à produção da Alheira de Mirandela IGP e de outros enchidos regionais, tendo mesmo uma padaria própria. Na unidade trabalham 35 pessoas.
Durante a tarde de sábado, a ministra da Agricultura inaugurou ainda o regadio da Camba, em Alfândega da Fé. Um investimento de 7 milhões de euros, co-financiados pelo PDR 2020 e pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural. Maria do Céu Antunes adiantou ainda que foram aprovados mais 50 milhões de euros para aproveitamentos hidroagrícolas.
“Aprovámos recentemente mais 50 milhões de euros de investimento para um conjunto de aproveitamentos hidroagrícolas, nomeadamente aqui em Alfandega da Fé para a Vilariça e também abrimos, no âmbito do PDR 2020, a possibilidade das juntas de agricultores, câmaras municipais e comunidades intermunicipais também poderem concorrer para poderem desenvolver estudos e projectos que levem ao aproveitamento, produção ou alargamento de sistemas existentes”, explicou.
O regadio da Camba vai abranger mais de 300 hectares de olival, frutos secos e pecuária, das aldeias de Agrobom, Saldonha e Valpereiro e beneficiar cerca de 150 agricultores.
“Cada vez mais o clima é seco e necessitamos do regadio tanto para os animais, como para o olival e amendoal, que nesta zona está a haver uma grande implementação dessas culturas. O antigo regadio, na altura, a fiscalização foi muito fraca, havia constantemente rebentamentos e um terço da água desperdiçava-se durante o ano”, disse Luís Jerónimo, da Associação de regantes de Alfândega.
Entretanto o município de Alfândega quer também implementar um sistema de regadio em Vilar Chão e Parada, referiu o autarca, Eduardo Tavares.
A ministra da Agricultura de passagem por Mirandela e Alfândega da Fé.
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