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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

ADUBAR OS SONHOS

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Cansada de ser gente, entro no meu corpo. Enrolo a alma em flores, pinto de verde o coração, os braços e o rosto de arco-íris, verto a ternura na indiferença, rego e adubo os sonhos. Abro as asas à vida e viro borboleta colorida!
Fecho os ouvidos às línguas, os olhos á maldade e voo para o mundo da ilusão!
Apanho o expresso do oriente, fixo o olhar na luz intensa dos relâmpagos, que iluminam o negrume da noite e deslumbro-me com o brilho das estrelas.
Abro um rasgo no tempo e nas metamorfoses da vida, voo de flor em flor, poiso nas brisas do sonho, rompo a realidades e quebro ansiedades e nostalgias.
Em suspiros profundos e gemidos estranhos, sussurro com a noite, corro atrás dos sonhos, até as cores bordadas das minhas asas, ficarem baças, gastas e cansadas.
Esta noite, fui borboleta colorida.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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