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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Festival Street Art de Bragança descentralizado para sete aldeias

 Este ano, o festival de arte de rua de Bragança desenvolveu-se exclusivamente em sete aldeias do concelho e com vários artistas a criarem em locais diferentes, como uma antiga sala de ordenha.

Street Art, em Bragança© Rui Manuel Ferreira/Global Imagens (arquivo)

Esta descentralização da arte, do meio urbano para o meio rural, 
teve um feedback positivo de artistas e habitantes destas aldeias que passam a integrar o roteiro das cerca de 50 intervenções em espaço público concretizadas ao longo das cinco edições, deste festival.

Baçal, Deilão, Mós, Rebordãos, Santa Comba de Rossas, São Julião de Palácios e Zoio. São as sete aldeias do concelho de Bragança que este ano acolheram o festival que, pela primeira vez, saiu do meio urbano para o rural.

O presidente do Município de Bragança, responsável pela organização, explica as razões para esta descentralização: passa por "levar as pessoas a viajar mais dentro do próprio concelho, conhecer o potencial que existe no meio rural, a nível natural, patrimonial e etnográfico", conta Hernâni Dias.

O desafio pedido aos artistas foi fazer de locais, como um posto de transformação de energia, sedes de associações, de juntas e até de uma antiga ordenha, a tela ideal para a pintura de temas que sejam identitários de cada aldeia.

Em Rebordãos, pintar a fauna da Serra da Nogueira foi o desafio que Tiago Braga abraçou. "Tiveram em conta o tipo de trabalho que costumo desenvolver, porque já represento muitos elementos da fauna e da flora", afirma o artista natural do Porto que confessa ter sido uma ideia muito positiva a de levar esta arte ao meio rural, principalmente pelo contacto mais próximo com as pessoas, o que, raramente acontece nas cidades. "Há um contacto mais próximo com as pessoas, é um local mais tranquilo, são boas condições para trabalhar. Numa cidade, as pessoas estão na sua vida e fazem comentários rápidos, mas aqui conseguimos falar um bocadinho com as pessoas", diz o artista.

O mesmo sentimento é manifestado por Francisco Bravo, que em Santa Comba de Rossas, pintou as memórias da linha ferroviária num Posto de Transformação de eletricidade. "A própria interação das pessoas com a obra é diferente, tudo é mais pessoal. Pelo menos eu venho do Porto e estou habituado a um ambiente que é um pouco mais impessoal", referiu.

Os habitantes das aldeias envolvidas nesta edição do Street Art foram acompanhando com muita curiosidade as pinturas e o veredicto final é satisfatório, como é percetível nas declarações de Armando Gomes. "Por acaso está bonito, toda a gente ficou contente com esta pintura. Nunca tinha visto isto ao vivo, mas digo-lhe que deve ser um grande artista", afirma este habitante de Rebordãos, que conta que já fotografou a intervenção e enviou a imagem aos filhos que estão em França e na Suíça.

Também Irene Ala, moradora em Mós, ficou agradada com o resultado da pintura no mural da associação local. "Gosto mais desta que fez aqui o moço, pôs lá os carvalhos, as bolotas e essas coisas", afirma.

Este ano, a autarquia investiu 10 mil euros na quinta edição do festival de Street Art que chegou a sete aldeias do concelho. Em 2022, o município promete levar novas pinturas aos murais de outras aldeias.

Fernando Pires

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