Aquilo que todos já sabiam, mas a ANACOM esteve no território e fez o diagnóstico do problema, que será dado a conhecer ao governo, mas também às operadoras das redes. Segundo o presidente da ANACOM, João Cadete de Matos, há bastantes assimetrias dentro do concelho. "Existem alguns aglomerados populacionais que têm rede de fibra óptica e alguns que não têm. A rede fixa é bastante deficitária. Relativamente à rede móvel também constatamos que há esse desequilíbrio. Em algumas povoações não é possível fazer chamadas de voz. O telemóvel parece ter sinal mas depois não é possível completar a chamada de voz".
Para João Cadete de Matos, este défice entre aldeias e até entre concelhos está relacionado com a falta de aposta das operadoras em regiões com pouca população. "Quanto menor é a densidade populacional mais esquecidas estão essas populações porque os operadores deixam essas populações para o fim porque têm poucos clientes".
O objectivo é que em 2025 as freguesias de Miranda do Douro fiquem com uma cobertura de 90%. A solução passará pela partilha de redes, com um roaming nacional. "Se houvesse partilha das redes a fotografia do concelho era diferente".
Já o presidente da câmara de Miranda do Douro não se mostrou nada surpreendido com o diagnóstico feito, uma vez que é uma realidade que já todos conhecem. Artur Nunes acredita que este poderá ser o ponto de partida para o concelho o primeiro a ter rede 5G. "Esse é o desafio que deixamos ao senhor presidente. Através do interior para o litoral, o 5G começar aqui".
Na apresentação da ANACOM, esta quarta-feira, estiveram também os presidentes de junta, que fizeram queixas da falta de rede para pedir ajuda em casos de emergência e para assistir às aulas online. A ANACOM fará também o diagnóstico das redes móveis e de internet no concelho de Vimioso.
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