A menorá, candelabro com sete lâmpadas, é um dos símbolos da identidade do judaísmo e está à entrada da localidade para que os visitantes procurem saber mais sobre as histórias daquelas gentes. Segundo o financiador, Andy Conzelmann, esta é uma forma de recordar a fé e a coragem e persistência dos judeus.
“Estes judeus que viveram aqui estavam decididos a não abandonar esta fé. Ficar dentro desta comunidade e estudar a Torá era muito perigoso e sabendo que podiam perder as terras, as casas, terem que fugir, serem presos e denunciados e mesmo assim ficaram fieis”, referiu.
Apesar de a inquisição ter obrigado a que os judeus se convertessem em cristãos-novos, nesta aldeia do concelho de Mogadouro ainda há costumes judaicos que se mantêm, refere Antero Neto, investigador e autor do livro “Vilarinho dos Galegos e os seus mascarados”.
“Práticas essencialmente ao nível dos costumes, da alimentação, da iluminação das casas. O pão ázimo ainda vai é feito por algumas pessoas”, contou.
Na inauguração do monumento, este domingo, esteve ainda o investigador António Júlio Andrade que não poupou críticas aos municípios do nordeste transmontano que pouco têm feito pelo judaísmo como atracção turística.
“Cada câmara e inclusivamente os historiadores trabalha por si. Nós temos que nos unir. Se houver um programa para o nordeste transmontano que dure cinco dias os turistas vêm. Temos é que saber criar condições”, afirmou.
O candelabro de sete braços está agora à vista de todos na entrada da aldeia de Vilarinho dos Galegos, em Mogadouro.
Sem comentários:
Enviar um comentário