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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Vindima comunitária origina o primeiro vinho de lagar rupestre do concelho de Mirandela

 A aldeia de Vale de Telhas, no concelho de Mirandela, está a apostar em reavivar a técnica milenar de produção de vinho em lagares rupestres de origem romana.


Na freguesia, com um património vasto em vestígios da ocupação romana, existem três desses lagares escavados na rocha granítica - um deles público e dois privados - e a junta decidiu investir na sua requalificação.

Há duas semanas, dezenas de habitantes da aldeia aceitaram o desafio de avançar para uma vindima comunitária com o objetivo de produzir o primeiro vinho do concelho de Mirandela feito em lagar rupestre. Resultado? 900 litros já estão prontos. "Já se registou a marca para o vinho que será comercializado e divulgado com a marca PINETUM, associado ao facto de o nome de Vale de Telhas, no tempo dos romanos, ter sido Pineto", conta Sónia Mota, do executivo da junta.

"Já temos 225 litros de branco, 225 litros de tinto e 450 litros de palhete, este ultimo feito da mistura de uvas brancas e tinta e os vinhos foram feitos de bica aberta, sem fermentação do vinho com o bagaço, a fermentação é feita nos pipos de carvalho, estes vinhos são feitos sem qualquer adição de produtos enológicos, apenas se acompanha a fermentação até final e depois adiciona-se um pouco de sulfuroso para controlar a acidez", adianta.

Sónia Mota explica que a intenção da junta de freguesia em recuperar o lagar rupestre público tem em vista "a promoção e preservação da herança patrimonial e cultural da aldeia, reavivando uma técnica milenar de produção de vinho em lagares rupestres" e acredita que "pode servir para a afirmação de Vale de Telhas como uma referência no setor do vinho".

Nesse sentido, no próximo domingo, a junta de freguesia e o Município promovem uma lagarada aberta à comunidade com uma série de atividades para ser possível descobrir e viver os lagares rupestres. "Temos uma caminhada que começa no centro da aldeia, depois dirigem-se para uma vinha para uma curta experiência de vindima, haverá um périplo pelos lagares rupestres da aldeia e as pessoas são convidadas a ter a experiência do pisa pé com as uvas colhidas. Posteriormente, teremos um almoço temático com um ambiente romano e depois teremos jogos tradicionais para os mais pequenos", descreve.

Fernando Pires

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