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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

ARTUR BOTELHO - 1

 Artur Botelho. Este nome diz-lhes alguma coisa? Não? Pois não admira. A mim tão-pouco dizia o que quer que fosse, até ao dia em que comprei num alfarrabista do Porto um livro, cujo título me atraiu mais do que o nome do autor. O título do livro é "Guerra Junqueiro falso poeta". Como tenho uma curiosidade insaciável por tudo quanto diga respeito ao poeta de Freixo de Espada-à-Cinta, e não obstante o livro estar muito sebento e esfarrapado do uso, não resisti — comprei-o e tenho-o hoje na estante junto à obra (quase) completa de Guerra Junqueiro. A ver se a mútua vizinhança os reconcilia.
O autor do livro, os meus Amig@s já adivinham, é Artur Botelho E é a este Artur Botelho que vamos dedicar uma pequena série de textos, para remir a sua memória e para que aqueles que me lêem regularmente fiquem sabendo quem foi e o que fez. Acreditem que vale a pena.
Pois bem. Artur Botelho, de seu nome completo Artur Pereira Botelho de Araújo, nasceu em Alvites, no concelho de Vila Real, em 1883. A sua vida útil foi passada no Porto, onde ganhou a vida como funcionário dos caminhos-de-ferro e, mais tarde, do porto de Leixões. Paralelamente com a profissão, dedicou muito do seu tempo à escrita, com um engodo muito pronunciado pela poesia heróica. Correm sob o seu nome as obras “Europíada”, uma epopeia, “Camões” e “O mar tenebroso”, dois dramas históricos, “Alma lusitana”, livro de versos, e aquele de que já falámos, o feroz "Guerra Junqueiro falso poeta". Digo feroz, e digo bem. Lá mais para diante, os meus Amig@s, saberão porquê. Por agora, fiquem sabendo que o livro tem o suculento subtítulo de Análise da Velhice do Padre Eterno e dos Melhores Trechos de Todas as Outras Obras do Mesmo Autor. E saibam mais: saibam que saiu em três mil exemplares — uma tiragem que hoje em dia só mesmo o Prémio Nobel e os outros grandes prémios nacionais garantem. 
Pois apesar dessa tiragem generosa, hoje, a bem dizer, ninguém sabe quem foi este Artur Botelho. Suponho que na sua aldeia natal, Alvites, ainda vivem familiares remotos e pouco informados da vida e obra do parente escritor. O resto da aldeia ignora pura e simplesmente quem foi. 
Por hoje deixo-os com o retrato do homem. Quererá algum dos meus Amig@s comentar-lhe a fisionomia?

A. M. Pires Cabral

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