Após ter exercido a advocacia durante algum tempo, em 1886, graças ao empenho de Camilo junto do seu amigo Tomás Ribeiro, então ministro de Estado, foi nomeado delegado do procurador régio no Sabugal, transitando depois para Ovar e, em 1889, para Lisboa. Depois de uma passagem por África, regressou à capital e foi colocado em Sintra. Em 1895, foi finalmente nomeado juiz em Lisboa.
Paralelamente à carreira jurídica, desenvolveu uma intensa actividade jornalística: fundou, ainda em Coimbra, Porta-Férrea e O Panorama Contemporâneo; em Portalegre, a Gazeta de Portalegre e o Comércio de Portalegre; em Lisboa, a Revista Nova; colaborou em muitos outros periódicos, como O Progressista, O Imparcial, Tirocínio, Beira e Douro, Jornal da Manhã, Portugal, Novidades e O Repórter. Publicou diversas obras didácticas (desde manuais pedagógicos, como o ABC do Povo, de 1901, adoptado oficialmente nas escolas públicas, até ao guia de cidadania Manual Político do Cidadão Português, de 1905, entre muitos outros títulos).
Em 1907, durante a ditadura de João Franco, foi exonerado do lugar de delegado do procurador régio. Esse dissabor, acrescido das desilusões com a Justiça acumuladas durante toda a vida e da doença nervosa de que padecia, levá-lo-ia ao suicídio, no ano seguinte.
Sem comentários:
Enviar um comentário