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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

A 9 de Junho de 1908, morre o escritor português Trindade Coelho, autor de "Os Meus Amores".

 Escritor e jurista, José Francisco Trindade Coelho nasceu a 18 de Junho de 1861, em Mogadouro, e suicidou-se a 9 de Junho de 1908, em Lisboa. Órfão de mãe aos 6 anos, partiu com o pai para o Porto, onde fez os estudos liceais num colégio interno, e depois para Coimbra, onde frequentou o curso de Direito, colaborou em jornais e revistas e se casou, conhecendo grandes dificuldades financeiras. 


Após ter exercido a advocacia durante algum tempo, em 1886, graças ao empenho de Camilo junto do seu amigo Tomás Ribeiro, então ministro de Estado, foi nomeado delegado do procurador régio no Sabugal, transitando depois para Ovar e, em 1889, para Lisboa. Depois de uma passagem por África, regressou à capital e foi colocado em Sintra. Em 1895, foi finalmente nomeado juiz em Lisboa. 

Paralelamente à carreira jurídica, desenvolveu uma intensa actividade jornalística: fundou, ainda em Coimbra, Porta-Férrea e O Panorama Contemporâneo; em Portalegre, a Gazeta de Portalegre e o Comércio de Portalegre; em Lisboa, a Revista Nova; colaborou em muitos outros periódicos, como O Progressista, O Imparcial, Tirocínio, Beira e Douro, Jornal da Manhã, Portugal, Novidades e O Repórter. Publicou diversas obras didácticas (desde manuais pedagógicos, como o ABC do Povo, de 1901, adoptado oficialmente nas escolas públicas, até ao guia de cidadania Manual Político do Cidadão Português, de 1905, entre muitos outros títulos). 

Em 1907, durante a ditadura de João Franco, foi exonerado do lugar de delegado do procurador régio. Esse dissabor, acrescido das desilusões com a Justiça acumuladas durante toda a vida e da doença nervosa de que padecia, levá-lo-ia ao suicídio, no ano seguinte.

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