As condições climáticas adversas afetaram os planos iniciais da organização, levando-os a transferir as Verificações Técnicas e Documentais para o pavilhão do NERBA, ao invés do local originalmente planeado, o Parque do Eixo Atlântico.
Na edição que celebra as Bodas de Prata, do evento organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), foi proposto um regresso às origens.
Foi em 1999 que arrancou a primeira edição do passeio mototurístico, partindo de Rio de Onor, no concelho de Bragança. Naquela época, o evento reuniu cerca de 100 participantes, marcando o início de uma tradição que perdura até hoje.
Um dos resistentes da primeira edição é Tó Manuel, que, também, assume as funções de organizador do evento. “Estamos felizes por superar a meta de reunir cerca de mais de 2500 participantes nesta 25.ª edição do Portugal Lés-a-Lés, apesar do mau tempo. Queremos mostrar o país de uma forma diferente, fora das rotas turísticas habituais, descobrindo locais menos visitados. Desde o início, há 25 anos, com 110 motos, até agora, com mais de 2500 motos, temos alcançado os nossos objetivos", explicou o motociclista.
Um dos impulsionadores do evento é Francisco Vara, presidente do MotoCruzeiro de Bragança, que, apesar do mau tempo, mostra-se confiante para mais uma edição. "O tempo, de fato, não favoreceu a logística do evento, prejudicando a programação planeada, mas estamos a fazer os ajustes necessários e tudo correrá bem na celebração dos 25 anos do Lés-a-Lés".
O motociclista brigantino acredita que o número de participantes poderia ser maior, mas as inscrições são limitadas, resultando em números mais modestos. "O número de participantes é elevado, mas poderia ser ainda maior. No entanto, as inscrições são limitadas e disponíveis por um curto período. Este evento atrai motociclistas portugueses e de outras nacionalidades, proporcionando uma oportunidade única de explorar os encantos deste magnífico país que é Portugal".
O regresso do evento com partida em Bragança é algo que deixa Francisco Vara radiante. "Bragança é especial por marcar o início do evento. O MotoCruzeiro surge para impulsionar este evento, e estamos aqui para apoiar, como fizemos em outras edições, seja nas partidas ou chegadas do Lés-a-Lés".
"No ano passado, a chegada foi em Bragança, mas a partida tem outro impacto, dinamizando ainda mais o turismo local, pois as pessoas chegam alguns dias antes e aproveitam para descobrir e desfrutar dos encantos de Bragança", frisou.
Entre os milhares de motociclistas presentes, encontrámos Ana Cardoso, de Leiria, que, acompanhada pelo marido, fez a sua estreia no Lés-a-Lés. “Adoro a experiência. O mundo das motos é predominantemente masculino, mas tenho-me sentido muito bem e desafio mais mulheres a virem experimentar esta 'aventura motorizada'”.
Carlos Cachudo, de Benavente, decidiu optar por uma clássica Sachs Motozax de 1986 para percorrer os 1085 km de viagem. “Comprei esta moto há 12 anos, especificamente para participar no Lés-a-Lés. Adoro andar de moto e, embora tenha uma moto de turismo, é com esta que verdadeiramente sinto o prazer de conduzir”, disse o motociclista de 66 anos.
A primeira etapa está agendada para o dia 8 de junho, com o percurso de Bragança a Viseu. No dia seguinte, seguirá a etapa de Viseu a Ourém, e finalmente, no dia 10 de junho, a emocionante chegada será em Vila do Bispo. Esta quarta-feira realiza-se o Passeio de Abertura, pelo Parque Natural de Montesinho, com passagem por Rio de Onor.
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