O sexto Festival de Street Art ofereceu à cidade a primeira obra de arte nacional, em pintura mural, gerada através de inteligência artificial.
A obra foi produzida a partir das ideias de alguns alunos do concelho, que interpretaram como seria Bragança no futuro. A interpretação dos jovens está agora materializada no Centro de Memória do Forte S. João de Deus.
A obra foi construída pelo projecto “Ruído” e é bastante especial, como conta Rodrigo “Contra”, um dos membros. “Pegámos nessas frases, utilizámos um programa para gerar imagens e fomos adaptando, fomos moldando as imagens para ter algo do nosso agrado e fizemos uma composição. O mais falado foi de que seria uma Bragança verde e ecológica. Também falaram em carros voadores, em princesas voadoras, em robôs polícias, em robôs que fariam entregas em casa. Gerámos um rosto feminino, verde, jovem, ecológico. Também há um robô, em estilo de brinquedo, também temos um carro voador e algumas informações que remetem para o programa que utilizámos”.
Este tipo de iniciativas, que celebram a pintura mural, acabam por transformar as cidades em verdadeiras galerias de arte. “O grande benefício da rate pública é dar a acesso gratuito. Todos podem usufruir”.
Nos terrados do Mercado Municipal a obra ficou a cargo de “Vírus”. Num lugar destes o que fazia mais sentido era uma parede ligada à agricultura. Francisco Bravo deu um toque pessoal ao tema. “A minha interpretação acabou por ser a natureza morta onde dou personificação à mesma, dando os meus elementos gráficos e estilo. Ou seja, uma nova roupagem a um tema que é tão cliché”.
Este artista também considera que estamos perante galerias ao ar vivo, sendo que não é preciso pagar para ver arte. “As pessoas, no seu dia a dia, são brindadas com obras que as podem fazer pensar. Isto acaba por ter um carácter social e comunitário muito forte”.
Esta edição contou com estátuas vivas, no centro histórico da cidade, e ainda um mercado de rua, no Jardim Dr. António José de Almeida. A arte também chegou à vila de Izeda e a vários outros espaços de Bragança.
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