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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 20 de agosto de 2023

As Festas da Cidade de Bragança e o Barulho da Música

 Curiosamente, ou não, só a partir do ano em que os concertos das Festas da Cidade de Bragança começaram a realizar-se no Parque Eixo Atlântico é que se “ouviram” queixas das horas tardias a que a música termina. Antes ninguém barafustava, vivia gente no Centro Histórico de Bragança e havia música ambiente espalhada pelas colunas colocadas em várias artérias da Cidade durante todo o dia e todo o mês de agosto.
Então em Bragança as Festas da Cidade têm que ser procissão e missa cantada?
Curiosamente, também, o Parque Eixo Atlântico é mais um “elefante branco” que tem uma utilidade e utilização muitíssimo reduzida ao longo do ano. A bem dizer, mais uma eira, espaços tanto do gosto de anteriores “gestores” da Coisa Pública à semelhança da Praça Camões ou da parada no Forte de São João de Deus. Gostos que discuto apesar de, dizerem, ser proibido fazê-lo. Não seria justo deixar de realçar as enormes melhorias que também foram executadas pelos mesmos Gestores com inquestionável mais-valia para a qualidade de vida dos cidadãos da nossa cidade dos quais destaco o museológico e o cultural com publicação de obras que perdurarão através dos tempos como guardiãs do passado e das tradições. No entanto, mais e diferente poderia ter sido feito pelas nossas aldeias onde se continuam a fazer nichos para umas ”santinhas” de cimento e ali ao lado as roturas nas redes de água ou saneamento são quase diárias. Se atendermos a que Portugal é nos termos da Constituição, um Estado laico, não confessional, onde vigora a liberdade de religião e de crença e que estou a escrever no dia 20 de agosto de 2023, em pleno século XXI… ninguém quer ver que O REI VAI NÚ?
Perdi-me.
Voltando às Festas da Cidade.
Em que cidade vila ou aldeia é que as Festas do Ano não duram (demoram) até onde têm que demorar?
Em Bragança são 4 dias. Quando éramos jovens (saudades) até de madrugada ou de manhã quem nos segurava? Nessa altura não nos custava nada, bem antes pelo contrário.
Evidentemente que entendo o desconforto que é manifestado, e respeito, por quem se queixa do barulho. Mesmo assim não me parece pior do que viver 365 dias por ano numa propriedade horizontal tendo por cima, ou por baixo, vizinhos que pensam que vivem numa quinta ou numa vivenda. Sim desses, que arrastam cadeiras em vez das levantarem e pousarem, sim desses que discutem 25 horas por dia e 26 aos fins-de-semana, sim desses…
Um pouco de tolerância e empatia torna-se necessária nas Festas da nossa Cidade de Bragança.
São 4 dias.
Para além dos investimentos realizados, pela autarquia (dinheiro público) e pelos cidadãos, há milhares de pessoas, famílias, turistas que se deslocam, propositadamente, à nossa querida cidade para passar férias. Os nossos emigrantes que nunca se esquecem de nós durante todo o ano… não merecem uma férias em que lhes sejam proporcionados, ao menos, 4 dias de “fados e guitarradas”?
Na “minha” aldeia, as Festas duram 3 dias. O dia acaba, quando acaba. 5, 6 ou 7 da manhã… e alguns seguem direitinhos para pegarem nos andores. Nunca nenhum caiu, nem os pegadores nem os andores. Se a malta estiver animada os “homens” dos conjuntos, apesar dos compromissos, quase certos, para o dia seguinte… tocam mais, uma, duas… as que forem necessárias para manter a alegria.
São 3 dias aqui na aldeia.
Já tive tempos em que era resistente. Era dos últimos a desistir.
O peso dos anos limitam-nos e deixamos de ser os mais resistentes, mas também nos ensinam a respeitar os outros que com o “sangue na guelra” querem “resistir”. São 3 dias, ou 4…
Agora, já não sou dos últimos e, por vezes nem dos primeiros… e, confesso, já não tenho muita paciência para o “fenómeno” em que consiste este tipo de festas mas tendo a consciência que é assim em todo o lado…
Agora, quando me apetece ir deitar, tapo os ouvidos.
A foto que ilustra o texto tirei-a agora e o "utilitário" foi utilizado nos 3 dias.
Em Bragança são só 4 dias.
Tenham paciência, Há à venda nas Farmácias e resulta. Tenham paciência, são só 4 dias.
Deixem as Festas de Bragança durar até de Madrugada!

HM

2 comentários:

  1. É bem verdade aquilo que o Henrique aqui manifesta de modo claro! São poucos dias por ano (a bem dos que esperam pelo evento todo o ano) para nos manifestar-nos relativamente ao ruído, que será aquilo que menos interessa na circunstância! As festas são ruidosas por natureza (talvez por isso também sejam festas), os concertos, bares e afins! Quando se realizavam no centro da cidade (que belas recordações), e eu que morava na Rua Alexandre Herculano a poucos passos da praça da Sé, onde se localizava um dos palcos principais dos concertos, nunca ouviu na altura, alguém queixar-se do ruído! Afinal o que queremos? Menos ruído, ou não haver festas de todo? Um conselho que dou a quem legitimamente se queixa (afinal vivemos em democracia) é de participar mais ativamente na festa, descontrair do dia de trabalho, conviver com os seus conterrâneos, amigos, turistas, etc., e depois dos 4 dias das festas, tentar recuperar do sono apaziguante e rotineiro! São só 4 dias efectivamente, mas parece que para alguns será uma eternidade! Coitados...
    HC

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  2. Longe vão os tempos em que as festas apresentavam um cartaz decente em termos de quantidade e qualidade! Ultimamente, e à semelhança de outros municípios (o seguidismo é uma aberração) optou-se por um programa popularucho (ou populista) com figuras da moda televisiva e radiofónica, de baixo nível artístico! Também será verdade, que temos o que merecemos, na medida em que a população pouco exigente e esclarecida, se deslumbra com um evento pobre e estupidificante! Ainda bem, que temos a associação Dedos Biónicos, como outras igualmente escassas e marginais, que pontualmente procuram retirar-nos nos do marasmo cultural em que nos movemos! E depois não podemos queixar-nos da falta de uma política cultural edificante, porque o que na realidade temos é tão pouco, para os dinheiros públicos que se gastam! Faz lembrar os tempos do antigo regime, em que era fundamental manter as massas amestradas, incultas, porque assim não se corria o risco de perturbação do sistema comodamente instituído! Uma verdadeira porra...tanto País e tão pouco como dizia o poeta! HC

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