A Festa da História, que acontece, anualmente, na cidadela, conta com companhias vindas de fora, que dão corpo aos vários momentos e espaços de entretenimento que ali há e que nos transportam para outros tempos. Ainda assim, várias dezenas de brigantinos compõe, voluntariamente, a festa que ali se cria. Leonor Santos é de Bragança e é a primeira vez que oferece o seu trabalho a troco de enriquecimento pessoal. Está na área dos jogos, destinada aos mais pequenos, e não podia estar mais satisfeita por integrar esta viagem. “Estou a gostar porque assim conseguimos falar com as pessoas, mostrar-lhes que a história é interessante e divertir-nos um bocadinho com esta parte dos jogos. Escolhi ficar nesta área por causa das crianças, elas gostam de brincar e nós conseguimos motivá-las”.
Diogo Rego também é de Bragança. Está pela segunda vez a participar na festa e integra o elenco que dá vida à Rua dos Larápios, onde habitam as forças do mal e as classes mais desfavorecidas. “Para ser sincero, tinha um bocado de medo da Rua dos Larápios. Para perder esse medo vim para cá como voluntário. A experiência está a ser incrível. Se puder continuar, vou vir para aqui sempre”.
Nesta rua está também Ana Vasconcelos. Participa pela primeira vez. É de Penafiel mas os avós e os pais são de Bragança e, como aqui passa férias, sempre conheceu esta festa. Este ano decidiu fazer parte dela. “É uma experiência incrível. Conhecem-se novas pessoas. É óptimo. Decidi vir para esta rua porque é aquela onde as pessoas mais passam e acho que me ia trazer mais desafios. O personagem é construído com base numa história. Temos que entrar nessa história e o resto não é nada mais que tinta”.
Joelma Tavares, de 23 anos, é de Alfândega da Fé. No Verão costuma estar por Bragança. É licenciada em História e sempre gostou da festa. Quando percebeu que a podia integrar decidiu fazê-lo. “Foi uma coisa que quis fazer há muitos anos, fazer parte de uma feira medieval. Submeti a minha candidatura e fui aceite. Gosto de história. É a minha paixão. O público é incrível e o ambiente é fantástico”.
A Festa da História é composta por vários comerciantes. Muitos deles são de Bragança, há quem venha de outros pontos do país e há ainda alguns espanhóis que já são presença assídua. Todos eles afirmam que a festa é cheia de gente e dinâmica. “Participo sempre nesta feira, porque sou da terra e tenho um trabalho que é artesanal, relacionado com os caretos, cantarinhas, máscaras e presépios. Toda a gente gosta muito do meu trabalho, tanto portugueses como espanhóis, mas, aqui, quem procura mais são os espanhóis”, disse uma comerciante. “Venho aqui há mais de 15 anos. Vendo sabonetes, shampoos, bálsamos, desodorizantes e cremes. É tudo natural e ecológico. Dá para vender bem aqui, temos muitos clientes de há muitos anos. É por isso que sempre voltamos, porque as vendas funcionam bem”, referiu um comerciante espanhol.
Este ano a festa é dedicada aos muitos foram os assuntos que foram resolvidos através de disputas entre cavaleiros, como o Grande Torneio para a escolha do futuro consorte da princesa, sobrinha do alcaide do Castelo de Bragança.
A Festa da História termina hoje à meia noite.
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