Esta espécie alimenta-se de abelhas, provocando graves problemas no ecossistema. Ao longo dos anos, a reprodução a vespa asiática tem vindo a crescer. No litoral a situação é mais complicada, mas em Trás-os-Montes o cenário também tem piorado.
“Infelizmente temos reparado que ao longo dos anos que temos estudado, a área ocupada pela vespa tem aumentado. Em Trás-os-Montes temos uma série de confirmações na zona do Azibo, Mirandela, portanto nas zonas mais quentes, também temos em Montesinho e até aos 800 metros de conta nós já temos muitos ninhos registados”, adiantou o investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, José Aranha.
A vespa asiática não tem predadores naturais. Em Portugal, as condições ecológicas e climáticas são favoráveis para se reproduzir. Por isso o investigador acredita que será difícil erradicá-la.
“Atendendo à forma como se reproduz e à dimensão das colónias vai ser muito difícil o homem acabar com ela. Extinguir pragas ou este tipo de insecto invasor é extremamente difícil e não se conhece nenhum país que tenha conseguido erradicá-las de vez”, afirmou.
O objectivo é controlá-la através de medidas activas. Destruir os ninhos não é suficiente, porque já se actua no final do ciclo de reprodução da vespa. O ideal é a montagem de armadilhas no fim do Inverno e início de Primavera, como já está a ser feito, e a criação de brigadas nos gabinetes técnicos florestais das câmaras.
“Durante o Verão era necessário ter brigadas especializadas e medidas de procura de ninhos no território para que a destruição das colónias fosse feita antes do novo ciclo de reprodução, porque como as futuras rainhas são fecundadas no final de Outubro e durante Novembro, quando nós vamos destruir os ninhos em Dezembro e em Janeiro, as futuras vespas já saíram, portanto não conseguimos quebrar o ciclo”, explicou.
De acordo com o Jornal Público, só no ano passado foram destruídos 17 mil ninhos de vespa asiática em todo o país. Quando avistado um ninho deve ser contactada a câmara municipal ou a Linha SOS Ambiente.
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