Antes de a caça à rola estar proibida em todo o território nacional, os caçadores de Montesinho entretinham-se caçando esta espécie. “Mas agora até outubro não podemos caçar nada. Ficamos prejudicados face aos restantes caçadores. Isto é injusto”, alertou Carlos Reis, caçador há 30 anos.
Noutras aldeias, cujos territórios confinam com Rabal, como Baçal e Meixedo, a caça ao pombo começou no passado fim-de-semana. “Em Meixedo não se pode caçar em toda a área da aldeia, pois uma parte dos terrenos estão inseridos no parque de Montesinho e aí não se pode caçar. Apenas resta um cantinho que não é considerado área protegida e estamos limitados a essa parte”, contou Germano Silva, da Zona de Caça Associativa de Santa Ana, com cerca de 30 associados.
Os caçadores não concordam com o calendário venatório, nem entendem estas restrições, só porque as aldeias pertenceram ao Montesinho. “Não faz qualquer sentido”, afirmou Hermenegildo.
Pedro Nogueiro, caçador, deu voz à “indignação”, dos caçadores do PNM, pois no entender dos que querem caçar “são restrições sem qualquer sentido”.
Os caçadores reclamam a revisão do Plano de Ordenamento do Montesinho “para acabar com as discrepâncias e diferenças”, destacou João Francisco, caçador há mais de 50 anos. “Parece que há caçadores de primeira e de segunda”, referiu.
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