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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

22 Beijos. No limiar entre a vida e a morte afinal o que é que realmente importa?

 O Teatro Municipal de Bragança recebe na sexta-feira à noite 22 Beijos, uma peça inspirada numa história verdadeira de um doente com cancro em fase terminal, com diagnóstico de vida entre 7 a 9 meses, que decide ir à procura do tempo que lhe resta. “Não é uma peça dramática, mas que valoriza a vida e as coisas que mais importam. Foi baseada na história do meu primo, que foi diagnosticado com um cancro em fase terminal e decidiu viver os últimos meses à maneira dele, que era uma pessoa muito bem-humorada”, explicou Eduarda Freitas, a autora do texto.


Trata-se de uma peça que confronta o público com a finitude a que qualquer ser humano está sujeito e que impõe uma pergunta pertinente: Afinal como seria a nossa morte se soubéssemos quanto tempo temos de vida?

O actor Angel Fragua, veste a pele de Vitorino, a personagem principal que faz um monólogo, sobre o que foi a sua vida e sobre a forma como viver o escasso futuro que lhe resta. “O título 22 Beijos foi-me sugerido pelo meu primo dois dias antes de morrer. Eu pensei logo que devia fazer algo, mas qualquer coisa inspiradora. A peça fala mais da vida do que da morte, no fundo, bem como das diferentes formas como as pessoas encaram um disgnóstico destes. Ele dizia que mais importante do que saber quanto tempo tenho de vida é saber se eu quero saber. Ele teve de pensar bem se queria fazer essa pergunta. É uma reflexão sobre tudo isto e sobre as memórias. Desde o momento que nos contou todas as nossas memórias de infância passaram a ter um peso gigantesco na nossa vida porque sabes que não vai haver muito mais futuro. Não podes construir muitas mais”, descreveu Eduarda Freitas muito ligada ao primo. “Ele era uma pessoa muito diferente, muito sozinho. A peça é inspirada nele. E tentei passar a força de vontade que ele teve até ao fim”, acrescentou a autora que revela episódios privados. “Ele tinha um grande humor, um humor negro, até”, frisou.

Glória Lopes

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