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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

IPB com resultados promissores nos estudos das doenças da oliveira

 A gafa, o olho-de-pavão, a tuberculose, a verticiliose e até a xylella são doenças que estão afectar a cultura da oliveira na região


O Instituto Politécnico de Bragança está há oito anos a desenvolver estudos neste sentido. A investigadora Paula Baptista salienta que não há cura. A solução passa por criar produtos que diminuam os efeitos da doença na planta, de modo a não provocar quebras de produção. E os resultados têm sido promissores. “Passámos então para o estudo, vamos ver efectivamente se aqueles micro-organismos que nós pensamos que contribuem para o estado saudável da planta, se efectivamente têm este papel e foi isso que fizemos. Isolámos estes micro-organismos e testámos a sua acção, o seu efeito, contra a doença em particular e os resultados foram muito promissores. Temos micro-organismos que mostraram reduzir a incidência e a severidade da gafa e também da tubérculos”.

Depois de a Comissão Europeia ter retirado do mercado grande parte dos pesticidas que ajudavam no combate destas doenças, por serem prejudiciais à saúde, a solução passou por criar produtos naturais. No entanto, a investigadora queixa-se que de nada vale encontrar produtos eficazes, se demoram muito para começarem a ser comercializados. “Isso é uma frustração para nós, que depende das nossas forças políticas, sobretudo a nível europeu, que tem uma legislação muito restritiva na homologação deste tipo de produtos. Para nós colocarmos este tipo de produtos no mercado demora anos, é um processo bastante moroso, muito burocrático e estamos a atravessar uma fase em que temos de ser mais rápidos, temos de acelerar este processo”.

Segundo Francisco Pavão, presidente da APPITAD- Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro, estas doenças têm um grande impacto na produção de azeitona na região. “Já causam bastantes prejuízos na produção de azeitona. Portanto, são doenças graves para a nossa região, para o panorama olivícola nacional e também internacional. Nós temos soluções, soluções que já foram investigadas, já foram ensaiadas em campo, mas que, infelizmente, ainda não estão disponíveis por um conjunto enorme de burocracias associadas a isto”.

As doenças da oliveira foram discutidas no décimo Simpósio Nacional de Olivicultura que está a decorrer no Instituto Politécnico de Bragança. Nuno Rodrigues, investigador do IPB e da Associação Portuguesa de Horticultura, entidade organizadora, diz que o objectivo é promover a discussão para encontrar soluções. “Promover a inovação que tem sido feita, ao longo dos últimos anos, a nível de investigação, algumas empresas têm aqui produtos perante estas novas questões de alterações climáticas, que nós estamos vindo a sentir, então o objectivo é fomentar discussão, partilhar experiências, partilhar ideias, no sentido de, num futuro próximo, com base nesta experiência, conseguirmos resolver alguns problemas que vão surgindo ao longo desta caminhada”.

O décimo Simpósio Nacional de Olivicultura começou esta quarta-feira e decorre até hoje, abordando temáticas como as doenças da oliveira, tecnologia, gestão do olival e sustentabilidade.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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