“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca”, disse uma vez Jorge Luis Borges, escritor argentino com raízes familiares em Torre de Moncorvo e um dos maiores vultos da literatura no século XX.
A frase assenta como uma luva a João Cabrita - professor aposentado da Escola Secundária Emídio Garcia, em Bragança, e investigador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto - que se dedica de alma e coração à sua biblioteca privada. Conta com mais de 15 mil títulos, além de revistas e outras publicações. Possui 1100 exemplares da Revista Seara Nova, muitos livros de e sobre Trindade Coelho, como ‘A Mãe’, um pequeno de 15 páginas que custou 290 euros. “É um livro raro, mas que comprei porque precisava dele para o doutoramento que fiz sobre esse escritor”, contou. Tem também cópias de certidões de nascimento, como a de José Saramago, correspondência entre autores e um sem número de material. Só mesmo visto.
Trata-se de um acervo muito diversificado que vai ao encontro dos vastos interesses que nutre, quer pela Literatura, pela Filosofia ou outras temáticas. “Eu conto os títulos, mas em alguns casos têm vários volumes”, explicou.
Glória Lopes
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