É este o título de um manuscrito em 4º, encadernado, com 160 fólios, paginados de frente, papel branco não pautado, existente hoje (1926) em S. Jorge de Favaios, na posse da família Sepúlveda, descendente de António Correia de Castro Sepúlveda, visconde de Ervedosa, filho do general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda.
Ao encadernar o códice, na lombada, puzeram MEMOR [IA.].
Como diz principalmente respeito ao general Sepúlveda será pelo título de Memória de Sepúlveda que o citaremos.
Antes do fólio I tem cinco fólios sem numeração. Dois deles estão em branco e três manuscritos, dois dos quais contêm o «Indes» e o outro a «Recopilação», isto é, um quadro onde se mencionam, por ordem cronológica, os feitos culminantes da vida do general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda.
Além de várias laudas de papel por escrever, tem ainda em branco os fólios 12 a 19, 25, 27, 40, 66 a 69 e 72 a 160. Pela caligrafia vê-se claramente que foi escrito por duas pessoas diferentes, sendo, porém, provável que ainda uma terceira pessoa colaborasse nele.
Segundo tradição da família a caligrafia predominante é a do general Sepúlveda; todavia tenho sobre isso as minhas dúvidas. A meu entender, a do fólio 57 e de parte do «Indes» deve ser do abade de Rebordãos, Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda, mas não o posso afirmar. Em todo o caso é fácil averiguar-se este facto, pois tanto de um como de outro, e ainda mesmo do Visconde de Ervedosa, existem vários documentos manuscritos.
A «Recopilação» é disposta da seguinte forma:
Ao encadernar o códice, na lombada, puzeram MEMOR [IA.].
Como diz principalmente respeito ao general Sepúlveda será pelo título de Memória de Sepúlveda que o citaremos.
Antes do fólio I tem cinco fólios sem numeração. Dois deles estão em branco e três manuscritos, dois dos quais contêm o «Indes» e o outro a «Recopilação», isto é, um quadro onde se mencionam, por ordem cronológica, os feitos culminantes da vida do general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda.
Além de várias laudas de papel por escrever, tem ainda em branco os fólios 12 a 19, 25, 27, 40, 66 a 69 e 72 a 160. Pela caligrafia vê-se claramente que foi escrito por duas pessoas diferentes, sendo, porém, provável que ainda uma terceira pessoa colaborasse nele.
Segundo tradição da família a caligrafia predominante é a do general Sepúlveda; todavia tenho sobre isso as minhas dúvidas. A meu entender, a do fólio 57 e de parte do «Indes» deve ser do abade de Rebordãos, Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda, mas não o posso afirmar. Em todo o caso é fácil averiguar-se este facto, pois tanto de um como de outro, e ainda mesmo do Visconde de Ervedosa, existem vários documentos manuscritos.
A «Recopilação» é disposta da seguinte forma:
Este Livro de Memória aponta notícias inéditas e por isso vamos dele extrair as seguintes:
D. Isabel Correia de Sá e Sepúlveda, quarta filha, por ordem cronológica, do general Sepúlveda (não mencionada nos nobiliários), nasceu em Bragança (?) a 19 de Agosto de 1785 e foi baptizada em Santa Maria de Bragança pelo prior da mesma freguesia, José António de Morais Sarmento, sendo padrinhos António Manuel de Figueiredo, tenente-coronel de cavalaria de Miranda, e D. Maria Teresa de Jesus Sepúlveda, religiosa em S. Bento da mesma cidade.
À margem tem uma nota, em caligrafia diferente, que parece ser do abade de Rebordãos, Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda, que diz:
«faleceu em Rebordãos a 10 de Janeiro de 1803, tinha saído do convento de S. Bento quatro dias antes para tomar ares».
D. Catarina Correia de Sá e Sepúlveda, que nasceu em Bragança (?) a 25 de Novembro de 1786 e foi baptizada na mesma igreja de Santa Maria de Bragança pelo prior acima citado, sendo padrinho Frei (sic)
Domingos de Morais Pimentel, cavaleiro professo na Ordem de S. João de Malta, comendador de Santa Maria de Águas Santas, governador do forte de S. João de Deus de Bragança, e madrinha Nossa Senhora de Rossavales.
À margem uma nota na mesma caligrafia da antecedente diz:
«Faleceu aos 4 de Março de 1789 e foi sepultad[a] na capela do capítulo da Igreja dos frades de S. Francisco de Bragança».
D. Teresa Correia de Sá e Sepúlveda, que nasceu a 19 de Outubro de 1788 e foi baptizada em Santa Maria de Bragança pelo vigário geral Caetano José Saraiva, sendo padrinho Manuel Leite Pereira, capitão do segundo regimento de infantaria de Bragança, e madrinha Nossa Senhora da Conceição.
Manuel Correia de Castro e Sepúlveda, que nasceu 8 de Abril de 1794 e foi baptizado na Sé de Bragança pelo bispo D. António da Veiga Cabral da Câmara, sendo padrinho Manuel Pinto de Morais Bacelar, tenente-coronel de cavalaria, e madrinha sua mulher D. Joana Delfina e Vanzeler.
À margem uma nota em caligrafia igual à das notas antecedentes diz:
«faleceu a 23 de Junho de 1801 de uma febre escarlatina em três dias, foi sepultado no Capitulo de S. Francisco».
José Correia de Castro e Sepúlveda, que nasceu a 23 de Dezembro de 1793 e foi baptizado na Sé de Bragança pelo bispo D. António Luís da Veiga Cabral da Câmara, sendo padrinho Sebastião Correia de Melo e Alvim, coronel de cavalaria, fidalgo da Casa Real.
D. Maria José de Sepúlveda, solteira, natural de Gradíssimo, residente na Amendoeira, tudo no concelho de Macedo de Cavaleiros, faleceu a 5 de Agosto de 1804, na Amendoeira, nas casas «da quinta do Excelentíssimo Senhor Tenente General Governador desta província Manuel Jorge Sepúlveda», deixando herdeiros, por usufruto, sua irmã D. Joana Maria Gomes, e por morte desta sua prima D. Valentina «e o irmão desta o Reverendo Francisco Xavier Gomes de Sepulveda, abbade de Rebordãos» (192).
Criação do título. VISCONDE – Decreto de 13 e carta de 19 de Maio de 1815. – GRANDEZA – Decreto de 25 de Fevereiro de 1839(193).
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(192) Museu Regional de Bragança, Cartório Administrativo, livro 59, fol. 27 v., onde vem transcrito o seu testamento.Ver Vilar do Monte.
(193) PINTO, Albano da Silveira; SANCHES DE BAENA – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal, vol. I, p. 530.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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