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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Ex-funcionárias da CERCIMAC denunciam maus-tratos a utentes praticados por trabalhadores

 Há maus-tratos na Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Macedo de Cavaleiros. Quem o diz são ex-funcionárias da instituição, que acolhe pessoas com deficiência


Segundo o Jornal Nordeste, quatro pessoas que já trabalharam na CERCIMAC dizem que presenciaram maus-tratos físicos, psicológicos e verbais. As ex-funcionárias assumem que durante o tempo que ali estiveram presenciaram episódios de tortura a alguns utentes, actos praticados por parte de vários trabalhadores. “Eu vi bater, vi deitar um menino ao chão, com toda a força, e arrastá-lo e, depois, o funcionário, punha-se em cima do pescoço do menino e puxava-lhe os braços para trás. Há lá uma utente que, de noite, não pára e uma colega sentava-a na cama e puxava-lhe o cabelo e batia-lhe”, disse Cláudia Gouveia. “Havia colegas que batiam a utentes e havia pessoas que até o prato de cima da mesa tiravam aos utentes para fazer pressão. Cheguei a ver bater numa utente. Vi estaladas, beliscões e empurrões”, disse “Maria”. “Um dia, íamos almoçar, e uma menina começou a gritar e a bater com as mãos na mesa e um funcionário deu-lhe uma estalada tão grande que atirou com ela ao chão”, disse Isilda Afonso.

Cláudia Gouveia, trabalhou cerca de cinco anos na CERCIMAC. Era auxiliar de serviços gerais e foi despedida no Verão. Assume que, durante estes anos, presenciou vários maus-tratos e diz que eram praticados sobretudo pelos funcionários mais antigos na casa e, quase sempre, contra os mesmos utentes, nomeadamente os mais activos e que davam mais trabalho. “Uma menina autista saía da cadeira e uma colega, para ela não sair da cadeira, pisava-lhe os pés. Andava sempre com as unhas negras”.

Isilda Afonso esteve dois anos na CERCIMAC e saiu, por vontade própria, há vários anos. A ex-funcionária lamenta os maus-tratos que viu e disse que não aguentava mais presenciar a situação. “Todo o mundo via, até a própria direcção. Não diziam nada. Eu preferia estar, todo o dia, no monte, do que ir para ali. Não pelos utentes, que são pacíficos, mas a direcção é fraca”.

Luísa Garcia, uma das sócias fundadoras da CERCIMAC e sua presidente desde o começo, mais concretamente 2006, afirma que não há maus-tratos na instituição. “Não tenho conhecimento que existam, nem agora nem anteriormente, maus-tratos na instituição e sim, foram-me e são reportadas, em termos de funcionamento, situações, que são averiguadas até ao final”, disse Luísa Garcia. Questionada sobre o teor desses episódios, esclareceu que foram “algumas situações pontuais”. “Não consigo dar pormenores e há coisas que, neste momento, gostava de falar. Tinha muita coisa para dizer, se calhar, mas, neste momento estamos a atravessar um processo que, da parte da CERCIMAC, irá até às últimas consequências para que se apure toda a verdade. Gostava de referir, de nomear, e estamos aqui para isso mas não é a altura indicada. Não posso estar a nomear situações porque serão tratadas nos sítios certos e estamos a falar em processos judiciais”, clarificou.

A CERCIMAC acolhe 24 pessoas em lar residencial e 30 no Centro de Actividades e Capacitação para a Inclusão e conta com 36 colaboradores para estas duas respostas.

A GNR esclareceu ao Jornal Nordeste que tem registo de três denúncias de maus-tratos na CERCIMAC, tendo sido os factos “comunicados” ao Tribunal Judicial de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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